O que poderia ser uma narrativa aborrecida e mundana, transforma-se, na forma e no estilo emprestado à obra pelo autor, numa, por vezes divertida, de alguém queve tudo em quanto empenhou, de forma convicta e decidida, acabou por não ser "ninguém". Brás cubas, a atribulada vida de um homem, com todas as virtudes e vicicitudes, foi, ao fim e ao cabo, um homem que, no fim, acabou por constatar que apenas havia passado por ela sem méritos no epitáfio. Talvez, por isso mesmo, se viu obrigado, para de forma honesta, o seu cadáver, não o escritor cadáver, mas o cadáver escritor, produzir, realmente, algo para a posteridade, quem sabe, para a história, as memórias póstumas de uma vida sem resultados.