Definitivamente, um dos filmes mais fracos da Pixar.
(Spoiler)
A nota 2 se dá pelo fato da animação de ótima qualidade, uma coisa que não se pode negar é de que a Pixar apresenta muito cuidado aos detalhes, criando uma animação rica em constrastes com cores e gestos fluidos.
A história de “Onward” perde-se facilmente ao desenvolver do longa-metragem, tornando-se complicado saber do que, realmente, se trata a história a cada cena que se passa. Além de um roteiro confuso, Onward conseguiu fazer algo raro: incluir poucos personagens e, de alguma forma, não conseguir se aprofundar em nenhum deles. As personas da trama são extremamente desinteressantes, justamente pelo fato de não haver tempo de desenvolvimento para estas, sem contar com os irmãos, que são os personagens principais e ainda sim, torna-se difícil de criar uma compaixão por eles por serem tão mal apresentados. A compaixão com os personagens principais só ocorre se o telespectador vivenciou algo parecido com o que é mostrado (o que é muito pouco por sinal).
Para mim, o filme realmente falha no quesito de quebra de expectativa do público. O “plot twist” geralmente é um ponto positivo para as animações, porém isso não ocorre em Onward. Sempre que há momentos de êxtase e clímax, o sentimento é esvaziado com uma cena completamente clichê e sem emoção alguma, fazendo com que o telespectador anseie por uma coisa e se decepcione com o que vem em seguida, como acontece no final do filme. O pai apresenta ser uma personagem de extrema importância para a trama e não é desenvolvido de maneira alguma e justamente quando espera-se a sua aparição — isto é, o motivo pelo qual o filme gira em torno — não há o momento em que o público possa conhecê-lo de fato. A aparição breve e de despedida, sem mais e nem menos, joga no lixo toda a expectativa que o filme faz em sua uma hora e meia de duração.
A pior parte do desfecho do longa foi a conversa entre Barley e Ian. O filme gira em torno do irmão Ian que almejava conhecer o seu pai e no momento em que este aparece, não há um diálogo sequer entre os dois e as palavras de importância que o pai tem a dizer para Ian não são ditas por este, e sim, parafraseadas por Barley — de uma forma extremamente simples, aliás.
É triste saber que um universo muito bem pensado para o filme foi aproveitado de maneira tão escassa.
Filme ruim.