Álvaro Brito Viana

Filme que relata a história de 4 personagens, mergulhados no vício, seja em drogas ou remédios, bem como as consequências que o vício trazem à vida. O diretor dedicou-se ao fazer esta obra, pois o recurso estilístico (um dos elementos-chave) foi utilizado para destacar o que as drogas podem fazer na vida do ser humano. Além disso, os enredos dos personagens envolvidos são assustadoramente reais, uma vez que os seus vícios os fazem aproximar-se daquilo que é relativo à degeneração do ser humano. Tudo parece como uma espiral descendente, que é fielmente retratada e de forma excelente neste filme, em especial na sua definição. Nota 4!

Beau tem medo é realmente um filme para assistir quando o cinéfilo se propõe a refletir sobre as causas dos seus traumas. O longa traz a história de um homem com deficiência mental entrando em conflito consigo mesmo. É realmente perturbador ver onde a imaginação é capaz de ousar, e, quando ela é ativada, rememora episódios da vida que gostaríamos de esquecer. Porém, Aster foi capaz de demonstrar que essas memórias vem à tona, sem explicar todos os detalhes, para sermos capazes de refletir e na tentativa de curar nossos traumas. As dores do indivíduo estão ligadas pelo emocional, ativado pela apresentação de uma circunstância que não deveríamos ver, isto é demonstrado na obra, ao expor implicitamente o abuso sofrido pelo personagem título. Aster deixa isso nas entrelinhas, por meio da filmagem e fotografia. Sem dúvidas, é uma obra instigante, bizarra e reflexiva. Filme excelente! Nota 4!