Numa perspectiva psicanalÃtica, temos infinitas possibilidades de atravessar a vida e cada decisão define, como o micro que forma o macro, o universo que criamos. Inevitavelmente, projetamos no no instante de recordar as possibilidades que escolhemos, no instante de ver o que produzimos e no instante de elaborar essas produções, sensações, emoções, sentimentos, num constante déjà vu, e com esses insights, reconhecidos e muitas das vezes inexplicáveis, por inesperados, e soltos no atemporal do próprio e vasto inconsciente, vamos, se nos determos nessa análise - recordar, repetir e elaborar - entendendo quanto limitamos ou expandimos a experiência que é a vida que é vivida. E, como somos sujeitos singulares, a experiência é única, de cada sujeito. Dois, vivendo a mesma experiência, chegarão de maneira única ao resultado desta, por sua singularidade, não havendo nem um sujeito que sinta, pense e viva tal qual qualquer outro a experiência da vida. Profundo, o enredo, assim como a vida vivida, não cria uma conexão lógica, mas sim, acontecimentos que suscitam o cavalgar das pulsões e personagens ora tomando as rédeas, ora sucumbindo à s próprias escolhas. O que ao final prevalece é, diria Freud, a mais poderosa instância de cura: o amor - prevenção que gera imunidade fÃsica e psÃquica e remédio para muitos males.