Maria Fernanda Gavazzoni

É uma série infanto-juvenil de grande sensibilidade. O início fala sobre a adoção de uma orfã, no final do século XIX, e os primeiros capítulo geram grande emoção no expectador. Ao longo do tempo, os episódios começam a abordar situações de racismo, preconceito sobre homossexualismo, feminismo, questoes indígenas, etc… e o fazem de modo muito suave e elegante. Nota 10, embora fuja completamente à proposta romântica inicial da série. Mas, muito me estranha que, dentre todos os temas abordados, nunca, em tempo algum, o direito dos animais foi sequer mencionado. Ao contrário, os animais de fazenda são apresentados como comida (inclusive com cenas de porcos gordos sendo vendidos em feiras) e cavalos explorados ao máximo, usados como meio de transporte e trabalho forçado. Ainda que os temas sejam à frente da época na qual se passa a série, direitos humanos, quando abordados por si só, corroboram para fortalecer e provar o egoísmo infinito da raça humana. Independente de gênero, número e grau. Lamento. Humanos só olham para si próprios.