Lançado em 2017 pelo cineasta Denis Villeneuve, A Chegada conta a história de uma linguista estadunidense que é convocada pelo governo quando uma ameaça alienígena se mostra iminente.
É possível acompanhar através das vivências da Dra. Louise Banks (interpretada por Amy Adams) e do cientista Ian Donelly (interpretado por Jeremy Renner) a tentativa de comunicação da equipe de inteligência militar com seres que chegaram no nosso planeta em naves e estão também pairando em outros 11 lugares além de Montana, onde a trama principal é mostrada.
A Dra. Louise através da teoria Sapir-Whorf consegue desenvolver uma forma de comunicação escrita com os aliens, mostrando ao longo do filme que para aquisição de uma nova língua é necessário expandir as capacidades cognitivas para ser capaz de se relacionar com o mundo e com os outros falantes, na forma que a cultura da qual a língua é oriunda, sendo assim impossível separar língua e cognição conforme sustentado nessa teoria.
O enredo nos leva a vários momentos não lineares da história que começam a fazer sentido conforme a teoria vai sendo explicitada, acredito que é uma boa forma de mostrar como a aquisição da linguagem é feita, apesar de achar forçoso o argumento usado pelo diretor que a aquisição da nova língua alien forçaria a percepção humana a se mover no continuum espaço-tempo.
Eu como professor recomendaria o filme mais como forma lúdica a alunos avançados de língua estrangeira com intuito de tentar formar uma imagem didática de como os processos cognitivos se dão no estudo e aquisição de uma nova língua, porém para um público mais leigo acho que essa teoria passaria despercebida e as pessoas focariam mais no tipo de “vidência” que a protagonista desenvolveu.