Muito filme pra pouco FINAL!
E não, não estou buscando o óbvio! E sim, sei interpretar!
A questão é a cadência do filme, um filme denso, bem amarrado, sedutor até os últimos minutos , que tem um desfecho pobre pra tudo que se propõe.
Uma forçaçao de barra ao deixar uma pré adolescente com uma introspecção e serenidade surreal, calmante assistindo seu seriado favorito, sem medo, sem preocupação com os pais, etc. Quase como se o escritor tivesse de repente sido chamado às pressas para um compromisso e colocado qualquer final só pra encerrar o filme.
Se tentaram mostrar um comportamento fútil da geração Z? Desconectados da vida real e absortos no mundo virtual ? Pode até ser. Porém, a preservação da espécie e instinto de auto preservação são as primeiras reações que vemos em todos. Não fiquei carente da obviedade, mas de um convencimento maior nesse final.
Fotografia boa, interpretação impecável e a proposta excelente. Mas, quanto mais um filme é bom em seu desenvolvimento, mais tem obrigação de um GRAND FINALE. Ele não deixou aquela sensação de "quero ver mais um pouco" ... deixou a sensação de ..."só isso". Pecou aos 45 do segundo tempo, pois o filme todo se propõe a nos levar a reflexões, e ao final ...quando pensei que ia rolar um "insight" ou que eu ia perder o sono ou desejar uma sequência... pareceu que gastaram todos os bons cartuchos no início.
Ainda assim, vale assistir, só pra ver no que se transforma o ser humano sob pressão ou diante do desconhecido.