Proposta interessante.
Mostrou uma visão até então desconhecida do Conde. É inovador, mas o primeiro episódio marca uma grande promessa que não é cumprida no decorrer do restante da série e isso é decepcionante. Sinto que o potencial foi desperdiçado.
Se olhar como uma série de terror ou uma homenagem a obra de Bram Stoker, pode se considerar medÃocre, e de fato é.
Muitos jogos mentais e boas sacadas que lembram as lendas já conhecidas, juntamente com a boa atuação do protagonista (com exceção dos momentos defasados em que o roteiro o transformou em uma espécie de reprodução de Lucifer Morningstar), foram o sustento da minissérie e o que a tornou tragável.
ImpossÃvel não comentar a tortura das soluções milagrosas (não podemos chamar de reviravoltas) durante todo o segundo episódio, ofuscando completamente as boas ideias que foram apresentadas. Os personagens, infelizmente, apelam para o seu lado cômico para tentar mascarar a falta de desenvolvimento.
O último episódio foi confuso e muito mal trabalhado. Sem qualquer desenvolvimento anterior a produção tenta surpreender ao trazer o Drácula para a modernidade, e não utiliza o enorme material que tem em mãos: uma sociedade que não acredita e não tem medo de vampiros.
A série responde com piadinhas (ou melhor, não responde) qualquer dúvida pertinente quanto a presença de uma entidade secular no mundo moderno.
Acho que a minissérie perde o foco (o que é inadmissÃvel, levando em conta que temos apenas 3 episódios) e tenta passar uma ideia promissora, porém nunca a desenvolve. A série poderia ter apenas 2 bons episódios, e nos poupar da decadência de qualidade em tão pouco tempo.