Deus Vult, digo, Guten Morgen, Brasilien! Recentemente, uma campanha de assassinato de reputações foi orquestrada para queimar conservadores na mÃdia. Uma das reclamações foi o uso do mote Deus vult! ("Deus [assim] quer"), usado na primeira Cruzada. E "Cruzada" é um termo que evoca péssimos sentimentos na população, como uma mancha negra na história da Igreja Católica, um movimento de intolerância, imperialismo, dominação, colonialismo, preconceito, intolerância, violência e obscurantismo teocrático.
Como nossos ouvintes sabem, quase tudo o que "conhecemos" de História através de narrativas prontas, reducionistas e maniqueÃstas. E tudo é feito de maneira impressionista: solta-se uma palavra de grande efeito, como "Cruzadas", e pronto: está confirmado que existe intolerância, teocracia, fanatismo etc, e basta dizer que é contra para parecer um grande intelectual, racional, cientÃfico, democrático e até conseguir uns joinhas no Tinder.
Mas o que foram as tais Cruzadas, afinal? Apenas um movimento da Igreja Católica para roubar terras de pacÃficos muçulmanos, que estavam lá desde sempre, talvez desde o Antigo Testamento? Uma guerra pseudo-santa de opressão e violência contra inocentes para obrigar o Oriente Médio inteiro a se converter ao catolicismo pelo fio da espada?
A realidade, como sói, é bem mais complicada e menos agradável para a turma "eu estudei História" do que essa visão boba sobre as Cruzadas, que não se sustenta simplesmente se perguntando qual a religião predominante no Oriente Médio hoje, ou que "colonialismo" existiria naquela região na Idade Média.
Pior: as Cruzadas nem mesmo foram convocadas pela Igreja Católica. Pior ainda: sem elas, não terÃamos absolutamente nada daquilo que associamos à liberdade, seja o processo penal com Inquérito, seja usar biquinis, seja a ciência moderna, seja a liberdade religiosa.
Entenda, afinal, o que gerou as Cruzadas e tenha em mente: o lema Deus vult é importantÃssimo até para os ateus modernos, já que a questão subjacente é teológica e influi até na investigação cientÃfica. Não há a mÃnima possibilidade de ser conservador, ou mesmo pró-liberdade, sem dizer a última tendência em tatuagens do Ocidente: Deus vult!
A produção é de Filipe Trielli e David Mazzuca Neto no estúdio Panela Produtora, com produção visual de Gustavo Finger, da Agência Pier. Deus vult e Guten Morgen, Brasilien!Deus Vult, digo, Guten Morgen, Brasilien! Recentemente, uma campanha de assassinato de reputações foi orquestrada para queimar conservadores na mÃdia. Uma das reclamações foi o uso do mote Deus vult! ("Deus [assim] quer"), usado na primeira Cruzada. E "Cruzada" é um termo que evoca péssimos sentimentos na população, como uma mancha negra na história da Igreja Católica, um movimento de intolerância, imperialismo, dominação, colonialismo, preconceito, intolerância, violência e obscurantismo teocrático.