Júlia Dias

Minha palavra pra adaptação pro filme é: desperdício. O fabricante de lágrimas, novo filme da Netflix conta com com uma direção de fotografia impecável, cenografia muito bem pensada e detalhado, iluminação e colorização de tirar o fôlego de tão agradaveis esteticamente, mas tem em contrapartida um roteiro ridiculamente entediante, arrastado, pobre de construção e de pessima atuação. Nem sei se posso chamar de um romance genérico, por que se fosse genérico teria sido mais interessante do que esse filme foi. Zero construção dos personagens. Tudo muito raso, com conexões muito rasas ou inexistentes. Pessimas contextualizações e fechamentos de cenas, assim como o encerramento do filme. Chega a ser demasiadamente frustrante que o filme tenha tido uma direção de fotografia tão impecável por que não vale a direção de roteiro que tem. O Fabricante de lágrimas foi um desperdício puro de uma direção estética tão boa, recursos tão bem aplicados pra realização de um roteiro tão fraco. Sério. Surreal.