Bom, quem está procurando um terror, é possível partir do ponto de vista que entende que o filme retrata Deus como “vilão”, a “entidade” por trás de tudo. Geralmente, o mal é o responsável pela desordem, medo e outras coisas ruins, mas, no final, tratando-se desse filme, nada faz menção direta ao Diabo e sim a Deus e sua obra, a interpretação dela e a execução propriamente dita.
Eu achei interessante, na verdade. Os pormenores são distribuídos em duas horas que são monótonas, porém interpostas por emoções mórbidas. É um filme que foca em causar uma apreensão psicológica, e deixa aberta a brecha de que, talvez, o problema não sejam as crianças.
Recentemente tenho pensando que a indústria do terror aposta mais em “críticas sociais” do que em fantasmas e entidades, porque estamos entendendo agora que a própria sociedade pode ser assustadora em seus ínfimos detalhes. Críticas a religião, sistema patriarcal e ao papel de gênero são presentes. Tem um pouco de suspense, mas, no geral, soa como um drama onde o vilão é Deus e a maternidade.
Legal, mas tem alguns pontos soltos e acontecimentos que ficam ali sem propósito. O final ficou subentendido, mas acredito que a protagonista aceitou Jesus e agora é mãe solteira de três crianças.