Ao espectador Emerson Vega que viu pautas identitárias no filme, creio que, ou não entendeu o filme ou quer ver aquilo que incomoda sua moralidade apenas para poder criticar sem embasamento algum. Vamos aos fatos, o filme trouxe a personagem para mostrar que os seres humanos ainda estão fazendo uma certa resistência. Ela vai buscar algo que é importante para a comunicação com outras resistências ou muito provavelmente com o astronauta.
Se fosse um homem fazendo a mesma coisa, não iria diferir em nada do papel e na história do filme, ou seja, é um papel que não cabe dizer q a escolha foi identitária para atender uma agenda, se assim fosse, seria um filme com apenas macacas.
Você não saber o que ela estava fazendo ao longo do filme não é problema pois no final isso é mostrado claramente, ela está lá com um propósito para a história e não para a tal agenda. Em todos os filmes da franquia existe a dualidade humanos e macacos e ali está uma humana, e, bem, se for por falta de masculinidade, tem um monte de macaco forte e tem homem também (que surpresa) para atender a "agenda" masculina se assim lhe cai bem(?).
O filme acompanha um momento totalmente diferente da época em que vimos o Cesar, traz o mundo dos macacos mais disseminado e com um núcleo específico que almeja ter a tecnologia humana que deu superioridade à eles, e inserindo um novo líder que sequer sabia quem era Cesar e aprende com um Orangotango mais velho sua história e legado. Tem seus pontos fracos como uma primeira parte um pouco arrastada mas nada que atrapalhe a compreensão da trama.
A Disney querendo mudar a agenda identitária de seus filmes - o problema não é agenda alguma, o problema é que ela quis lucrar (e não lacrar) com públicos que tem outro tipo de visão de mundo e fez filmes terríveis, com péssimos roteiros, para tentar ganhar este público. Isso não é agenda, é só capitalismo mesmo, e capitalismo aplicado de maneira bem desleixada apenas para tentar aumentar o público que consome seus produtos. E não, seus filmes sem pauta, ou com homens e morais bem tradicionais não pararam de sair, vide velozes e furiosos, missão impossível, filmes com o The Rock e por aí vai.