Sâmia Beatriz

A série do ano, com toda certeza. O jogo da morte como é chamado em português carrega uma simbologia extremamente interessante. O decorrer da série é regado de violência, cenas de ação e monentos de tirar o fôlego. Trata-se de uma reencarnação contínua vivida por um protagonista que tirou sua própria vida e agora é posto em jogos administrado pela própria Morte, passando a viver 12 vidas até ser em fim perdoado ou não. É uma narrativa muito bem construída, um universo bem arquiteto. Confesso que em alguns momentos eu já esperava o plot twist da vez, em outros, fui surpreendida! Foi uma avalanche de emoções, com toda certeza. No entanto, es aqui o motivo de n ter gabaritado o nível de estrelas: a projeção do homem suicida como egoísta. Sinceramente isso vem da minha opinião, o fato de eu não gostar do rumo que foi tomado. Basivamente a obra enfatiza que o personagem era um egoista, quase o colocando em papel de vilão por ter feito o que fez. Todavia, ele sofria com problemas mentais, algo sério. Totalmente sério. É basicamente invalidar a dor dele, dizer que ele está sendo dramático. Como se pode observar é uma opinião contrária a mensagem da obra, sei que a Coreia tem seus problemas ao retratar o suicídio, mas aqui, mais uma vez, foi baseado pelo achismo de que cometer tal ato é ser fraco, é sucumbir ao egoísmo, o que eu discordo. Depressão é uma doença, ela mata como qualquer outra! A diferença aqui é quem puxa o gatilho. Porém, mesmo não aceitando esse viés narrativo que a obra tentava justificar como ego do protagonista, a série é sensacional, não me emocionou em todos os momentos, mas em certos me fez lagrimar. É uma experiência foda, assistam!

Baseado em clássicos adolescentes de suspense e drama, a série Hierarchy trás muitas referências a séries que antecedem a mesma, como elite e dentre outras. Em um primeiro momento a série passa uma sensação boa, de suspense e de iremos acompanhar um bom arco de vingança. No entando, isso aos poucos vai se perdendo. Sem dúvidas os dois primeiros episódios foram incríveis, mas o decorrer da série deixa a desejar. De Início, utiliza-se a mesma fórmula em Elite (serie espanhola da netflix), em que um estudante morre e o decorrer da série vem a ser falado sobre, trazendo um protagonista que busca compreender o que de fato aconteceu com o estudante que foi morto (que mais tarde temos o conhecimento que é seu irmão), assim se envolvendo com o quarteto todo poderoso que lidera a escola, essa aproximação faz com que ele desenvolva sentimentos pela mocinha, que, sejamos sinceros, é uma cópia coreana de Bella Swan de Crepúsculo. Todavia, aqui vem o pior que a série poderia ter feito: ela deu um foco ao quarteto (o que seria bom em qualquer outra série, aprofundamento de suas personalidades e desenvolvimento pessoal) porém, não é o que acontece. É uma tentativa frustrada de tentar imitar o que acontecia em gossip girl, e relação que Chuck, Blair, Serena e Natan possuiam. É broxante. Ao fim dessa incompetência, vemos que esse quarteto não são de fato os vilões ( o que na verdadeira eu descordo, eles foram sim vilões e estão intrinsecamente ligados a morte do irmão do protagonista). Acredito que o que ocorreu foi a montagem dos episódios deixou a desejar, saíndo de rumo do projeto inicial, como ocorre em Tropa de Elite, os verdadeiros mocinhos são identificados aos final, mas como não se teve uma narrativa coesa, uma construção de fato, acabou deixando raso. Foi basicamente tirado toda a luta pelo bullying e jogada de escanteio. Poderia ser um dorama incrível, mas seu percurso falhou.