Bom filme! Comparando os dois, o primeiro é melhor. Inevitavelmente, é difÃcil fugir da comparação. Mas é sempre um risco ao fazer sequência. Penso que o filme ficou no meio termo entre a comédia (era isso que o pessoal esperava) e o gênero polÃtico de cunho antirracista (muito bom por sinal, essa abordagem politizada das relações raciais e a denuncia do racismo). O filme não se definiu em ter a identidade predominante que consagrou o primeiro filme, que foi a comédia. Mas o filme é bom. Merece ser visto. Tem um discurso antirracista atual, pertinente. É uma pena que parte do público, de origem bolsonarista, vem politizando com uma campanha idiota contra o filme. Entende-se um pouco dessa atitude porque uma parte dos bolsonaristas não leem um livro, não assistem filmes, não vão ao teatro, ou seja, não gostam de cultura. Fazer campanha contra filme brasileiro é de uma falta de sensibilidade social e cultural muito grande, pois o cinema nacional tem que "lutar muito" para sobreviver; alcançar um espaço nas salas de cinema, que é dominado por filmes de Hollywood, não é fácil. Quem faz campanha contra não defende o Brasil, não defende o emprego de muita gente que atua no mercado de cinema (cineastas, roteiristas, diretores de fotografia, iluminadores, cenógrafos, figurinistas, técnicos de som, operadores de câmara, etc...). Espero que o filme alcance um bom púbico. Vamos valorizar o trabalho da diretora Viviane Ferreira, de Lázaro Ramos e demais atores e atrizes que compõem o filme.