Julio Lemos – Google

Uma vez eu ouvi o Luis Pondé falando sobre o Lars Von Trier ,"Hollywood fez um filme catástrofe de fim do mundo, aí foi o Lars, fez Melancolia, e mostrou como se faz....." eu complementaria dizendo. Hollywood fez um filme de terror sobre anticristo, lá foi o Lars e fez o Anticristo dele que deixa Midsommar do Ari Astra como um filme para crianças. Também diria, os caras em Hollywood fizeram musicais e ele fez o dele. Dançando no Escuro é um filme perturbador. Um soco no estômago que eu não consegui assistir de uma vez. Foram duas sessões para digerir. Mas posso afirmar que é uma das mais inusitadas, surpreendentes e espetaculares obras cinematográficas que eu já vi. Bjork encarnou seu personagem tão avassaladoramente que desequilibra, tanto na real, quanto nas suas viagens musicais. Faltou gente para contracenar no nível dela. Depois que você assiste esse filme, sobra muita na cabeça para questionar, pensar, lamentar e comemorar. Nossa sociedade é difícil, mas ser imigrante parece ser muito pior.... Bem legal é que a versão que está no streaming tem legendas em português para as músicas. Veja, eu recomendo, mas não recomendo para crianças.

* sem Spoilers, somente minhas impressões * Provavelmente vou ser execrado com minhas impressões sobre esse filme, mas vamos lá..... Sinceramente achei de gosto muito duvidoso chegando à bizarrice essa produção. Ganhou prêmio de melhor roteiro em Cannes, mas é só o que ele tem a dizer. Filmes que incomodam são muito benvindos, mas esse não funcionou. Assisti até o final, por teimosia e vou explicar o porquê: O tema da trama é muito rico e poderia ser muito melhor utilizado. O culto exacerbado à beleza física virou problema social que pode, e deve ser abordado sim, pela forma como prejudica os que nele se deixam levar, muitas vezes até a insanidade. Só que um filme dito de "ficção científica" Sci-Fi deve ter algum mínimo embasamento, também científico, para fazer sentido, e esse filme não o tem. Criaram um ambiente bizarro e sem sentido no qual até o roteiro eu questiono, por falhas de continuidade, mas vá lá..... Parece que pegaram Alien (Ridley Scott), Brazil (Terry Gilliam), Medo e Delírio em Las Vegas (Terry Gilliam), A Mosca (David Cronenberg), O Iluminado (Stanley Kubrick) entre outros e uma DESCOMUNAL dose de mau gosto, bateram no liquidificador e criaram "A Substância". Se alguém quiser assistir, boa sessão de cinema, mas eu não recomendo nem acho que será uma boa sessão de cinema para aqueles que quiseram assisti-lo.

Excelente. Apesar de tratar de temas comportamentais do final dos anos 1990 e inicio dos 2000, ainda faz sentido para situações de hoje em dia. Conseguem fazer um humor leve, refinado e inteligente justamente sobre a inteligência e refinamento social exacerbados. O povo da tradução e legendas faz o que pode com as piadas, que via de regra, fazem sentido para a nossa linguagem. Vale assistir.

Eu relutei um pouco, na realidade, bastante para assistir por conta de versões bizarras que sairam ultimamente dessa ficção. Felizmente num "sabadão" não tinha o que fazer e resolvi assistir. Foi um deleite, muito bom ver. São 2 horas de filme que passam como minutos de um Godzilla Raiz com todas as idiosincrasias nipônicas, que me lembrou os clássicos das décadas de 1960 e 1970. Para quem quer se divertir com com toda a família, e para os mais tiozinhos que quiserem recordar os clássico, vale à pena assistir.

É impressionante como uma grande parte das produções como essa entram em becos sem saida, aí os roteristas acabam ficando sem saber como sair deles.... é o caso desse filme. A proposta é bem interessante, minimalista e bem dirigida, acaba cativando quem está assistindo, mas quando entra no malfadado beco sem saída, a coisa infelizmente degringola. A única atriz, Lily Sulivan, consegue levar de forma bem convincente a trama. De qualquer forma dá pra assistir sim num dia frio e chuvoso, que você não tenha mais o que fazer. Dá pra dar 3 estrelas.

Colocando de fora as polêmicas que o filme trouxe sobre um certo "exagero" na veracidade dos fatos retratados, trata-se de um filme fraco e previsível com problemas na direção. O diretor tentou criar um herói altruísta, com cenas de impacto e trilha sonora emocionante, mas na minha opinião, não convenceu não. Muita coisa sem pé nem cabeça e falhas na continuidade. Eu nunca digo não vá assistir, pois só estou dando minha opinião pessoal, mas não recomendo como peça de cinema. Se você quiser ir assistir por conta das polêmicas, é com você.

Eu nunca faço comentários com spoilers, só falo do que eu gostei ou não do filme. Cada ator tem uma característica pessoal da qual ele não consegue esconder. Pode ser a aparência, voz, jeito, olhos e inúmeras coisas mais. O bom ator é aquele que consegue concatenar o personagem com o suas características pessoais e ainda assim parecer ser o personagem. Robert de Niro, Micheal Fassbender, Timothée Chalamet, Jim Carey e outros fazem isso muito bem. Dito isso, posso expor meu raciocínio. Acho que o filme tem o grande problema que é justamente a tentativa exacerbada do Bradley Cooper se transformar fisicamente no Bernstein esquecendo de ser ele mesmo. A maquiagem ficou forçada demais e ele parece um boneco sem expressão, ou seja, nem Bradley Cooper nem Leny Bernstein. O que acabou salvando o filme foi a atuação da Carey Mulligan. Ela foi um pouco atrapalhada pela "cara de boneco" do Bradley Cooper nas cenas entre os dois, mas passou por cima e mandou muito bem. Uma outra coisa que me incomodou muito também, foi o áudio, não da trilha sonora que é muito bom, mas dos diálogos. Um áudio flat, sem graça, nada real, sem os altos e baixos e baixos que ocorrem quando pessoas conversam na vida real e a distância.... muito estranho. No mais acho que vale 3 estrelas e vale ser visto.

Há muito tempo não via um filme tão simples e bonito. A gente hoje vem sofrendo com produções babacas e politicamente corretas que se esquecem que a beleza do amor é para todos que se aventuram. Vale à pena assistir. Tilda Swinton mandando bem como sempre, e tristeza de ver o desperdício de Tom Hiddelston perdendo tempo e desperdiçando seu talento nos Vingadores. Jim Jarmusch fantástico....