Ana Bea – Google

Amo muita coisa nesse filme menos esse teor moral de a Andrea ter deixado de ser quem era etc. Achei a trajetória dela completamente normal, fato é que a Miranda é uma chefe tóxica e as condições de trabalho péssimas, mas não acho justo o quanto julgaram a Andrea porque ela pegou apreço por moda e ficou mais madura, aqueles amigos dela são fofos e tal, mas aquele namorado dela era um sem sal. Normalizem as fases da vida e o fato de que a gente pode mudar sim e que as vezes as quem tava com a gente antes não combina muito com nossa nova fase, os ciclos se encerram e não tinha nada de errado ela ter pegado apreço por aquele trabalho temporário e por moda. Ela tinha todo direito de mudar de ideia também sobre querer ser escritora, mas enfim, o filme é muito bom.

É um desenvolvimento confuso. De início pensei ser um romance entre Louis e Lestat, depois fiquei perturbada com a chegada da Claudia na história, mas no fim, parece que toda obra com vampiros gira em torno do mesmo tema: solidão. Então creio eu que se trata de um amparo pra uma solidão profunda. Eles fazem laços que os fazem parecer amantes, mas na verdade é um amor fraternal demais, uma coisa profunda porque um parceiro romântico poderia ir embora e se tornar qualquer outra coisa, mas um irmão é seu irmão independente de qualquer coisa. O elo da criação os tornou família e o "casamento" deles foi a representação desse elo. A paternidade unida a tudo isso torna o filme quase da categoria lgbt, mas ainda sim eu vejo muito mas família do que romance.

O filme é uma bomba de destruição, assisti achando que seria um romance básico e clichê de pessoas que se odiavam e bad boy que mudava pela mocinha. Mas o filme além disso trás uma discussão sobre fé, apesar de ter sido retratada superficialmente, o enredo é delicado. A partir do momento em que decidem ficar juntos, ele só evolui, não machuca ela, não apressa nada e ainda respeita toda a trajetória dela. A exemplo disso é o fato de na noite do encontro deles ele ter preparado dois cobertores e nada demais ter acontecido entre eles, ele protegendo ela daquela gente, ele respeitando o jeito dela de se vestir e até deu um suéter porque é o que ela gosta de usar. Até a fé não é algo que ele questiona com crítica, filme mágico. Não gostei do jeito que foi contado sobre a doença dela, acho que foi muito do nada e os diálogos são fracos, mas tudo bem porque é um clichê de 2002 (o filme tem minha idade). O cara atuou bem demais e segurou a química do casal.

Que filme ruim e sem graça. Sinceramente, amo muito esse ator, o papel foi bom também, se o filme fosse só sobre ele teria sido incrível. Mas não entendi de quais formas a garota foi interessante pra história, ela perdeu a importância depois que escolheu o outro cara. também a virada de chave dele eu acreditei que tinha sido a mãe dele ou algo do tipo, mas devo ter me perdido no enredo porque de repente se tornou sobre a menina lá. Resisti até o final porque acreditei que algo extraordinário ia acontecer. Tudo bem, nem todo filme precisa ser extraordinário, mas esse é bem meia boca e a fotografia é horrível e sem graça.

Eu amei! Cheguei no filme por acaso e to abismada com o roteiro. No começo achei que se tratava de borderline, acho até que a personalidade da Nadine é baseada em traços assim. Acho que o que me encantou foram os personagens e principalmente a virada de chave dela na hora de se resolver com o irmão, que era onde ela projetava tudo o que sentia e fazia. O filme inteiro leva a gente a perceber que todas as relações dela são afetadas, mas o irmão é realmente a raiz da projeção. Existe muita química geral entre os personagens, não só casais, mas a química com a amiga e com o irmão, o filme é mágico de um jeito até que normal e eu amei. Ninguém entende ela e ela mesma não se entende e o sofrimento que isso causa em todos e no espectador é sensível e divino.

Acho incrível como tudo sobre o filme é sobre eles individualmente e ao mesmo tempo, em algum momento você se acostuma tanta com a parceria dos dois que fica inimaginável quem e como eles eram antes de se conhecerem. É tão puro e claro a forma como eles eram transparentes um com o outro e eles exalam químicas em todas as cenas. Adorei esse ponto fora da curva de citar problemas dela com relações sexuais e mesmo assim o enredo não ter se aproveitado disso, o filme não tem nenhuma cena de sexo e isso é lindo na perspectiva de que a intimidade deles foi construída de um jeito brusco e meio tosco porque as individualidades deles fazem deles toscos um com o outro. Não tinha como dar errado e não deu. Senti falta de mais drama romântico, mas isso é gosto pessoal meu e também nem tudo no filme é sobre romance. Adoro o caos familiar, uma fala em cima da outra e depois a calmaria que se estabelece entre os dois, a gente vê o momento exato em que eles se tornam o equilíbrio um do outro.

O roteiro é muito básico, os diálogos muito superficiais, mas a premissa do filme é ótima e muito bonita. Queria que tivesse tido mais drama e mais ênfase ne relacionamento dela com Deus, acho que a relação dela com a irmã poderia ter sido mais intensificada, que a ex noiva dele trouxesse uma discussão maior sobre voltar ao confortável. Além disso o romance deles poderia ter sido mais profundo. Mas juntando tudo não é ruim, classificaria como uma sessão da tarde.