Propaganda chinesa disfarçada de ficção científica.
Este livro foi encomendado pelo atual presidente da China, Xi Jinping para o autor.
Um dos personagens principais tem uma trajetória inicial exatamente igual a de Xi Jinping, cujo pai foi perseguido pela Revolução Cultural de 1967 e ele teve que viver num vilarejo, morando numa caverna e trabalhando no campo. Para não ficar tão óbvio, mudaram a personagem para uma mulher e alteraram alguns fatos.
A data de lançamento do livro, 2008, coincide com a data em que Jinping foi nomeado Vice-Presidente da China e Vice-Presidente da Comissão Militar Centra.
O livro parece um primeiro rascunho escrito às pressas com diálogos que são discursos longos, personagens rasos, situações que se atropelam sem uma preparação lógica e um final que mais parece filme de fantasia que ficção científica.
Para quem tem noção de literatura percebe-se claramente um livro escrito às pressas e sem revisão.
Trabalho com criação de roteiros há 30 anos e conheço bem o processo, que é similar.
O livro tem algumas poucas boas ideias científicas mas são atropeladas por uma péssima escrita. O autor chega a misturar uma cena de diálogo onde o personagem fala do passado com uma flashback sem transição.
Todos falam tudo que lhes é perguntado com longas explicações.
O fato de ter ganho o prêmio Hugo para o primeiro autor que não é da língua inglesa mostra uma óbvia compra de votos, que já ocorreu até no Oscar e Globo de Ouro.
Para isso ocorrer, seria esperado um livro maravilhoso, com várias camadas, o que não é o caso. Vide Ender's Game e Speaker for the Dead, de Orson Scott Card, ganhadores do Hugo. Livros brilhantes.
Leio ficção científica há 50 anos, de todos os principais autores, e este livro não chega nem aos pés dos grandes livros de grandes autores.
Agora a Netflix fará uma mega produção deste livro e não é coincidência que a muitos dos grandes Estúdios de Hollywood são dominados pelos chineses.
Xi Jinping está por detrás de tudo.
O mais engraçado do livro é que ele deixa claro que nem os chineses idolatram mais Mao Tsé Tung, considerando-o um retrógrado sanguinário, mas ainda existem idiotas no Brasil que o cultuam.