Série (10 episódios)
1ª temporada (renovada a segunda)
Plataforma: Globoplay +
Eu gosto bastante de mudar de opinião em relação a gostos, e essa série torceu completamente a minha mente no sentido de detestar histórias em Wall Street, mundo corporativo, finanças e essas coisas todas, que considero tão chatas.
“Devils” é mesmo uma obra prima. Conseguiu que uma pessoa limitada numéricamente como eu conseguisse entender dos “babados financeiros” que movem o mundo.
Na série, os demônios na verdade são os próprios deuses a movimentar a vida das pessoas conforme seus interesses — na maioria das vezes, sórdidos.
É impossível assistir Devils e não puxar Zeitgeist e as grandes teorias da conspiração econômica.
A partir da série, se tem uma ideia mais concreta de como essa turma de bam-bam-bans do topo financeiro é capaz de produzir guerras, incitar revoltas, para serem favorecidos pelo mercado.Nada é aleatório! Há um planejamento para garantir quem fica no topo da pirâmide. Eu pelo menos, quando penso em guerra, sempre sou levada a refletir sobre questões étnicas, partidárias ou religiosas — “Devils” me mandou direto para o outro lado, que a gente até sabe que existe (o dinheiro a tudo controla), mas a gente esquece de relacionar com a guerra.
Na série, somos apresentados a uma espécie de ONG, a “Subterrânea”, que promete acabar com o mundo financeiro, instaurando uma espécie de anarquia controlada (se é que posso dizer assim!).
Destaque para o clássico “beijo no rosto”, que nos remete à Judas e também aos filmes do Poderoso Chefão.
Perfeito Patrick Dempsey (para mim, o eterno Namorado de Aluguel dos anos 80)e Alessandro Borghi (ator italiano que, em aparência, simplesmente “nasceu pra ser um corretor da bolsa”)
Citação: “A subterrânea tem como alvo principal as finanças, os bancos de investimento, o FMI, enfim, todos esses que se declaram os “novos deuses’ e que não se preocupam com assuntos menores, como democracia”.
P.S.: Tem livro de Guido Maria Brera.