Evelyn Medeiros

Desde que Noiva foi anunciado no Brasil, eu fiquei super ansiosa por um livro moderno que remete as histórias da minha adolescência baseada na saga Crepúsculo. Nós que vivemos o auge dos romances paranormais há dez anos atrás nos banqueteamos com o sentimento nostálgico durante a leitura. Como sempre, a leitura é fácil e a história fluída. A parte do paranormal também é bem embasada e não é muito difícil de entender como funciona as sociedades. Temos a sempre animosidade entre vampiros e lobos, ao mesmo tempo que Ali deu seu toque particular na história. Misery é divertida, esperta e determinada, mas que sente falta de pertencer a um lugar. É na convivência com Lowe e sua matilha que talvez ela encontre o que está procurando. Lowe é o típico mocinho da Ali, o perfeito homem ESCRITO POR MULHERES. O alpha é íntegro, atencioso e cuidadoso, tendo o respeito e lealdade de (quase) todos de sua matilha. Durante a história, junto com Misery, vemos que não é tão difícil isso acontecer devido como ele trata as pessoas ao seu redor. A história também contém um certo mistério. Uma investigação que é o motivo de Misery e Lowe começarem a trabalhar juntos e perceber que aquela união de fachada pode chegar em algo verdadeiro. Um slow burn gostosinho de acompanhar pelo fato de não ter muito drama envolvido. A vampira e o lobo colocam bastante em prática a arte da conversa quando começam a confiar um no outro. Esse livro foi um alívio e um deleite para essa fã da autora. Inclusive, ali no epílogo rola uma parada que eu queria bastante que tornasse realidade em uma sequência. Eu amei muito e super recomendo essa leitura.

Lugar Errado, Hora Errada é um suspense psicológico que usa a viagem no tempo não intencional para criar uma narrativa eletrizante. A trama é insana e quando as coisas começam a se encaminhar para o final a gente se depara com pelo menos 3 reviravoltas alucinantes e imprevisíveis, uma delas eu até consegui sacar um pouco antes mas as outras entraram no meu top 5 de melhores plots que já li. O enredo é bem explicadinho e costurado de uma forma que tudo se encaixa no final. A obra é focada no suspense mas o livro também fala muito de maternidade, de culpa materna, da mãe que sai pra trabalhar e se culpa por não estar com o filho, e da que fica em casa e é vista muitas vezes como desistente. Eu adorei esse livro e recomendo muito a leitura.

O Canto mais Escuro da Floresta traz para os leitores uma narrativa familiar e gostosa da Holly Black, do tipo que torna impossível parar a leitura. É uma história criativa e rápida; tem personagens legais e cativantes, um cenário fascinante e aquela coisinha extra a mais das tramas sobre o povo do ar. Eu gostei muito de O Canto mais Escuro da Floresta, a história é criativa e cativa rapidamente, alem de ter me mantido presa ao desenrolar de toda a trama. Hazel e Ben são bons protagonistas, mas são mais interessantes de conhecidos antes da Trilogia do Povo do Ar. Hazel é corajosa, Ben é apaixonado. Inclusive, amei a representação LGBTQIA+ nesse mundo feérico! Recomendo muito para quem quer conhecer a escrita da Holly Black, e também para quem está procurando uma fantasia legal que flua bem.

Esses quatro livros foram uma jornada instigante, repleta de amor e de coragem. Eu chorei, estive apreensiva, me assustei e mais que tudo, amei. O livro final é épico, como todos os outros livros. Muito mais tenso e carregado em adrenalina porque, aqui, estamos prestes a confrontar a maior guerra que esse mundo já viu. E a Sabaa Tahir sabe como desenvolver sua narrativa de modo a fisgar a nossa atenção. Eu não vi as 490 páginas passando. Tudo que sentia era emoção, pura e simplesmente. O final não foi nem de longe o que eu esperava mas foi lindo e me arrancou algumas (muitas) lágrimas. Recomendo muito essa leitura!