H. C.

Triste. “Os Fantasmas se Divertem” é um clássico da minha infância. Mais de 20 anos de espera pra receber uma continuação que honestamente nem precisava ter acontecido. Quase chega a ser uma mancha na reputação do filme original. O começo é lento, passa se arrastando, do nada engatam um romance adolescente com a atriz de um personagem só (esqueceram de avisar a ela que não estava gravando Wandinha), enfim. Vários novos personagens, nenhum de fato relevante. Na metade parece que o filme vai engatar… e então começa a correr para resolver as situações, ficando uma sensação de confusão nada criativa, entregando cenas por entregar, só pela nostalgia e referências ao filme de 88. Como já disse, tristeza é a sensação predominante, pois esperava muito mais. O primeiro filme é tão simples, mas também absurdamente cativante, criativo, mórbido, engraçado. O Beetlejuice de 2024 está cansado, de saco cheio, mas ainda assim consegue, junto com a Lídia, ser o melhor (menos pior?) do filme. Queria que esse filme tivesse sido apenas um delírio coletivo. Fica a lição de que ceder a pressão de fãs nostálgicos quase nunca é uma boa ideia.