A Chegada é um filme 2016 do gênero ficção científica norte-americano, dirigido por Denis Villeneuve e escrito por Eric Heisserer, baseado no conto Story of Your Life (1999), de Ted Chiang. O filme conta com uma duração de 1 hora e 56 minutos. Os protagonistas são Amy Adams que interpreta Louise e Jeremy Renner interpreta o físico Liam.
Seres de outro planeta chegam em naves e pousam em doze pontos diferentes da Terra. Após as autoridades americanas perceberem que eles querem fazer contato, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma renomada linguista que ajudara o Estado anteriormente, em conjunto com o experiente físico Ian Donnelly (Jeremy Renner), são procurados por militares para interagirem com as criaturas, traduzir os sinais e desvendar se os alienígenas representam uma ameaça ou não. Ambos são pressionados a descobrir o propósito dos extraterrestres o mais rápido possível, assim como outras onze equipes de países onde as naves pousaram. Porém, os interesses políticos, a corrida pela supremacia, o medo do desconhecido e as diferenças culturais entrarão no caminho da ciência e apenas Louise tem a chave para desvendar esse mistério.
A tentativa de comunicação é bem-sucedida na medida em que a Dr. Banks usa algumas estratégias para se comunicar como o uso da linguagem escrita e a linguagem visual. Na escrita ela usa um quadro onde escreve algumas palavras, no visual ela se comunica por gestos, e por incrível que pareça os alienígenas conseguem entender as mensagens da linguista. Os alienígenas respondem com códigos e sons que serão decifrados ao longo do filme. Eu, analisando essa cena da tentativa de comunicação do humano com um alienígena, posso dizer que consegui estabelecer uma relação com a teoria que diz que a base cognitiva do ser humano o ajuda a compreender a realidade que nos cerca e usar a memória para organizar as informações e transmitir situações reais de comunicação como mostra a hipótese Sapir-Whorf em que as pessoas vivem segundo suas culturas em universos mentais muito distintos que estão exprimidos e determinados pelas diferentes línguas que falam. Como a linguagem é importante para organização do pensamento e na categorização do mundo, a Louise fez o uso brilhante dessa técnica e obtendo respostas de seres que também se comunicavam, mas em uma “língua” diferente da nossa. Os seres não humanos também tinham essa capacidade de armazenar e processar informações para conseguir compreender a nossa língua e estabelecer uma comunicação com a linguista e falar sobre o propósito deles na Terra.
O filme para fins de reflexão sobre língua e comunicação é uma ferramenta de estudo perfeita, e me agradou como um filme de ação, aventura e ficção. É bem interessante o desenrolar da história, me chamou atenção a atuação dos protagonistas e nas cenas com o contato com os seres alienígenas. Vale muito a pena assistir.