Infelizmente tive acesso aos spoilers vazados antes do lançamento do game, mas felizmente o game e a sua história me surpreenderam. Afinal, metade dos vazamentos era falsa, ainda bem!
A história, essa é o elemento que dividiu opiniões, mas ao meu ver ela é muito boa, é redondinha. Os personagens mudam do primeiro game para este, mudam inclusive no desenrolar desse game, em suas atitudes e pensamentos, e todas essas mudanças possuem sentido. Evidente que a história poderia ser diferente, e agradar a maioria dos fãs, só que dificilmente seria surpreendente e não seria cheia de clichês.
Diante da proposta trazida por Neil Druckmann, em que o jogador ficasse questionando os atos que deveria realizar, questionasse com viés de moralidade, ao ponto de questionar a própria, e sempre trazendo a tona as consequências dos seus atos, principalmente quando estes visam obter vingança, você percebe que a história deve ser, de fato, do jeito que foi contada.
A gameplay, para mim, é um grande atrativo também de The Last of Us part II. Realmente o game não traz uma gameplay inovadora, mas traz elementos já conhecidos e os aplica muito, mas muito bem. Assim, o combate e o stealth possuem sua base no primeiro game, só que mais refinados e com novos aspectos muito bem implementados, com cada ação sendo executada de forma fluÃda e natural. A ação de esquiva, por exemplo, foi muito bem vinda.
Você sente tudo que faz no game, o impacto do disparo de cada arma de fogo, o combate com a faquinha e das demais armas brancas, foi tudo feito com cuidado e atenção.
Outros aspectos técnicos, os gráficos são estonteantes, cada movimentação do personagem, cada expressão facial, cada interação com o ambiente é extremamente orgânico. As texturas, a iluminação, para um console que não comporta o ray tracing, impressionam. Os efeitos de partÃculas e visuais são excelentes.
A inteligência artificial dos inimigos e dos aliados melhorou bastante em relação ao primeiro game. Em The Last of Us Part II vemos os aliados te ajudando de fato, os inimigos te cercam, você pode botar inimigos de facções ou tipos diferentes uns contra os outros para passar mais facilmente por algumas áreas.
A Naughty Dog se ateve a cada detalhe, vemos Ellie esticando o braço para pegar itens, e estes em suas mãos, fumaças saindo na arma de fogo em cada disparo que efetuar, bem como o impacto destes nos inimigos de forma mais natural e real que a maioria dos games de shotter que temos, vemos os danos que a Ellie sofre em seus confrontos, lutas contra chefões muito bem feitas para o game. Essa é a obra de arte da Naughty Dog.
The Last of Us Part II pega tudo primeiro game e eleva para outro nÃvel. A história e, principalmente, os aspectos técnicos do game me agradaram muito, sendo que estes últimos beiram a perfeição.
The Last of Us Part II está no meu top five de exclusivos da Sony PlayStation, e no meu top four dos games para esta geração.
Quem ainda não jogou por causa dos spoilers vazados, ou acompanhou pelo YouTube, pegue uma cópia emprestada ou compre, se der, e jogue! Só jogando, de fato, esse game é que você terá a real experiência que ele propõe.
Recomendo muito este game!