Esse filme faz um aceno especial para as pessoas que tiveram a chance de viver no mundo pré digital, pré globalização da internet.
Se em algum momento você já se sentiu cansado, seja da velocidade que tudo muda, da arrogância do avanço -que separa ao invés de aproximar-, ou ainda, da falta de traquejo social e empatia que nos dominou... Esse filme vai te tocar.
A principio o protagonista parece ser alguém desconexo, vivendo no próprio mundinho. Após algumas repetições da sua rotina, a nossa estranheza da lugar ao sentimento de que se trata de um velho amigo.
Por fim, vocês percebe que ele estava muito mais conectado ao presente do que os outros personagens que permearam a trama.
Em coisas sutis, como: dar tempo ao tempo; observar a árvore, observar o incontrolável "estranho" que age feito louco na rua...
Como ele diz, cada ser humano é um universo. As vezes esses universos se cruzam, as vezes de desconectam... Faz parte. Mas o louco disso é que muita gente tá tão desconectada de si, que não percebe essas nuances.
O sorriso final, é de quem é sábio o suficiente pra entender que nada sabe, mas tá vivo. E como vive!