Um filme com uma fotografia sensacional, que serviu de inspiração e base para muitos outros diretores. A premissa é muito atraente, e o tÃtulo também chama bastante a atenção. John Wayne brilha, um grande mestre da atuação, que rouba a cena e carrega o filme nas costas.
Porém, o filme perde com vários vÃcios de sua época. O tema dramático, onde um espectador atual esperaria uma atmosfera densa e triste, é na verdade um plano de fundo para uma aventura divertida pelo deserto, com várias cenas de comédia bem datadas e humor "pastelão".
A história também se perde no seu desfecho, o que parecia ser uma reviravolta não é lá grandes coisas, e o temÃvel grande vilão Scar, morre súbitamente, de maneira corriqueira. Os tão temidos Comanches são facilmente vencidos, o que não condiz com toda a visão que fora apresentada no inÃcio e meio do filme.
Contudo é um filme interessante. John Wayne interpreta um claro anti-herói, um confederado racista que sente prazer em matar Ãndios. Este arquétipo pode ser comum hoje, mas olhando para a filmografia de Wayne e para os faroestes americanos dos anos 50, é uma imagem bem controversa e fora dos padrões. E o filme também tem um bom ritmo, não é nada cansativo, com bons diálogos e bem divertido de assistir.
Minha recomendação é não ir assistir com a imagem de um drama profundo e melancólico, não se deixe enganar pela trama trágica, e entenda que é um filme lançado a mais de 60 anos, com os vÃcios e virtudes do cinema de John Ford