Adilson Guilherme

O início é cansativo demais, me deu vontade de sair, a necessidade de mostrar que tudo andava bem parecia que estávamos vendo obviedades de um álbum de fotografia. Fernanda Torres é fantástica atriz, mas acho que o diretor a prendeu demais, tem horas que ela parece um robô. Ou vc conta a história de uma fase de um país ou a história de como a gente passou essa história. Vivi a ditadura, na infância e adolescência, a gente vivia amedrontado. Hj vejo o mal que isso fez e faz a qualquer país. Mas o que aconteceu com ela merecia mais carga emocional,e olha que sou bem fácil pra chorar. Sob minha ótica um filme deve ter aquela necessidade de ver no mínimo mais de uma vez. Na minha memória vai ficar a imagem de Fernanda representando um robô. Muito diferente de Central do Brasil que perdi a conta de quantas vezes assisti.

É tão ruim que nem merecia comentário, a não ser Lázaro Ramos que tem uma carreira brilhante e merece crédito, mas de resto é sofrível

O argumento do filme é interessante, porém é cansativo, repetitivo sem necessidade de mais de 3 horas para contar a história. Numa colcha de retalhos que as vezes beira o trash quem rouba a cena é a Margot, atriz principal. Mas em nenhum momento o filme emociona e nem cria empatia com o público. As cenas finais do agiota são de um péssimo gosto, tipo mistura das cores marrom com cinza. Vi gente saindo com meia hora de filme, deveria ter feito o mesmo, nada acrescentou.

Este filme é obrigatório para quem gosta de boa música e excelentes produções. As interpretações do Austin Butler, no papel de Elvis e de Tom Hanks como seu empresário, praticamente duelam o protagonismo. Além de ser uma bela aula de história, é um filme que despeja emoção em todo tempo, seja Elvis criança, se descobrindo, seja nos grandes shows ou seja no final que é arrebatador. Tudo envolvido numa história de negócios onde seu empresário sabia manipular impiedosamente seu grande "marionete". Filme visceral, para sair sem fôlego da sala de cinema.