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Vale 100% pela estética e estilo cult de terror vintage. Mas se não conhece nada da história dos países vizinhos vai boiar um pouco - mas enfim como muitos (ou não) devem saber o Chile teve sua ditadura militar de 73 a 98, sendo de 73 a 90 com o Pinochet, e clássicas coisas de golpe de estado e ditadura indiferente de direita ou esquerda, como sequestros, desaparecidos, assassinatos etc... Aqui em um papel fictício está vivo (morreu em 2006) nos tempos atuais, sendo um vampiro em refúgio na Patagônia onde convoca seus filhos para dizer que decidiu morrer. Com direito até a aparição da Dama de Ferro (Margaret Thatcher) no final devido a um outro incidente histórico verídico entre Chile, Argentina e Inglaterra. Filme que deve interessar mais pelo lado cult ou estética que é belíssima. Filmado mesmo em preto e branco sem uso de dessaturação por uma câmera customizada, logo, tudo que foi usado em cenários e roupas teve que ser pensado para ter o tom certo no filme sem cores. Ao amigo que falou dos filmes do NF, recomendo "Roma" de 2018 de Alfonso Cuaròn esse sim acho o mais bonito esteticamente falando em cinema P&B no NF (e que foi o início das tretas de porque streaming não podia concorrer ao Oscar).

Título no Brasil uma piada, coisa mesmo de quem não prestigia tradutores. O filme se baseia no prólogo do livro de Bram Stroker de 1897, se passando entre a viagem da Bulgária a Inglaterra. Filme do competente André Øvredal (Troll Hunters, 2010, The Autopsy of Jane Doe, 2016): como o texto original é esparso (apenas um prólogo no livro "Dracula de 1897) ele é preenchido pelo roteiro de Bragi Schut Jr., que nunca fez nada competente. Basicamente faz umm tipo de Alien que se passa em um navio co uma tripulação que faz coisas se pé nem cabeça. As melhores partes são as próteses usadas, com CGI só nos olhos, mas que lembram muito Midnight Mass da NF e algumas cenas como a do garoto que literalmente se f* legal, perde o cachorro, é afogado, cira vampiro e é morto pelo pai - não simpatizei com o personagem chato dele não. Basicamente um filme meio lento sem a tensão crescente de Alien (que se baseou dito em entrevistas) e que deixa um gancho horrível de um personagem inexistente (Corey Hawkins como o médico Clemens) que vai caçar o vampiro em Londres (sim ele sobrevive o naufrágio também). Nota 6,0 pelo clima no navio e prostéticos usados (e pela morte do moleque chato).

Típico filme que redpill e bolsonarista pode até ir e se revoltar saindo no meio da sessão (na boa... porque ir em um filme da Barbie né, esperava ser do boneco do falcon?). Não gosto muito da Greta Gerwig como escritora (não sabe quem é? ela escreveu e dirigiu Lady Bird de 2017 que achei bem sem graça). Fora as piadas que sim tem graça, o filme tem uma crítica bem séria quando a inversão de papéis e conformismo da sociedade em relação às mulheres - e também dá uma tirada de sarro legal dos estereotipos machistas norte americanos (se fosse aqui ia ser tudo Ken ouvindo Funk daqui com aquelas vozes distorcidas horríveis, lutando Jiu-Jitsu e com Pit Bulls). Destaque para a cameo da criadora da Mattel no filme, Ruth Handler (papel de uma outra artista já que a atual faleceu em 2002). E claro, para a hilária versão da música do Matchbox Twenty dos tempos áureos (dentro do contexto claro). Vale pelas risadas e pelos amigos sem noção que foram esperando uma coisa e saindo p da vida vendo outra (ou de ver a Robbie tomando banho sei lá) hahahaha

Hahahahaha quem não conhecia Ari Aster e A24 (ou Mubi) não sabia o que esperar mesmo do filme, nem tudo é feito mastigado e vomitado pra você não precisar digerir ou ter sentido fixo no final em vários filmes (não é este caso)... Anafalbetismo funcional e interpretattivo total da maioria das notas, podem me negativar não tô nem aí... e nem vem com o mimimi de chamar outros de "pseudo-intelectuais" não, vai tratar esse complexo e aprender a ver as coisas com outros olhos. Querem saber sobre o que é o filme? Culpa, pura e simples na cabeça de um cara já perturbado que se sente culpado desde criança. É um baita retrato surreal da paranóia de alguém que que não quer se sentir culpado. Quem vive isso sabe a sensação. É só ver e comparar com uma pintura do Bosch (não, não é a sopa kkk) do século XV que também vão ver muita coisa óbvia, mas nas entrelinhas sabendo ter um pouco de paciência vai. Conselho: se conhece o diretor já sabe o que esperar dele. Então se não gosta de Ari Aster nem vá esperando ver outra coisa. Pode não ser seu melhor filme pelo caos e mensagem perdida no mesmo mar de ansiedade mas mesmo assim é um filmaço.