[…] não podemos ver aonde cada estrela cadente vai parar, ou cair, mas Deus pode.
Denver conta a sua história, ele nos passa a sabedoria de um homem sofrido, diferente, sábio sem saber ler nem escrever, retratando assim a ganância daquele tipo de patrão que ainda mantinha seus funcionários na escravidão na década de 40, Denver um homem negro, que achava que era livre, trabalhava na lavoura a troco de gastar o mísero dinheiro recebido na mercearia do patrão. A história baseada em fatos reais é esclarecedora, dolorosa, nos faz refletir; será que estamos doando o nosso melhor?
O mais incrível é perceber que todos buscam o mesmo propósito, “ser melhor”. Debbie é uma mulher religiosa, dedicada às ações sociais, ela é um exemplo de ser humano, e seu marido Ron não consegue ser tão bom quanto a sua esposa. Debbie consegue fazer do seu marido um homem muito melhor do que ele poderia imaginar. Mas a trama vai além do casal, retrata a hipocrisia do homem rico que faz doação mas não tem o mínimo interesse em saber para quem está doando seu precioso dinheiro. A esmola não é apenas a doação, porque junto com o dinheiro que se doa tem que existir amor. Porque quem irá receber a doação precisa também de afeto, e amor.
Analisando todos os personagens fica fácil de perceber que, plantar requer paciência, toda jornada tem seu valor, que muitas vezes basta apenas uma sementinha bem plantada no lugar certo para vermos a esperança brotar, e por mais simples que parece, doar é complexo, mas quando doamos com amor que brota do coração isso trás conforto para as pessoas que receberam, pessoas essas que não tem moradia nem emprego. E não é uma doação que irá mudar a vida dessas pessoas, e sim uma doação sem fim, a diferença entre doar e “se doar”.
Denver relata na sua história, a tristeza de um homem que não acredita nas pessoas brancas.
E seu descrédito trás consigo um passado cruel, mas a sua sabedoria junto com o amor de um homem sofrido, trás também o conforto para Debbie que fica feliz em poder ajudar e confiar no Denver, uma linda troca de amor, que faz com que eles terminem de uma forma incrivelmente cheia de amor e gentileza.
“Somos todos iguais” é magnífico.