A quarta vez que assisto a série e infelizmente coisas muito sérias são tratadas de maneira irresponsável pela série e claramente uma forte inclinação ideológica.
Até uma certa temporada a série é incrÃvel, falando sobre várias questões médicas e sociais, respeitando opiniões diferentes, mostrando dilemas médicos. Mas infelizmente a série descamba para o desrespeito, inclusive, da ética médica quando os personagens começam a interagir, interferir e estimular a sexualidade de crianças.
Em um episódio um rapaz, interno, faz uma clara fala contra o cristianismo e a igreja, tratando os cristãos como cidadãos de segunda classe, mas em outro episódio são super compreensivos com religiões que se encaixam na agenda. Os TJs mesmo, volta e meia são rechaçados por suas convicções, e os católicos também. Muita lacração!
Além disso, a série traz uma hiper sexualização de médicos e retrata os profissionais da saúde como pessoas excessivamente libidinosas e, por vezes, antiéticas, além de nos mostrar os hospitais como verdadeiros bordéis a céu aberto. Depois dessa série, o meu subconsciente quase que me incentiva a desestimular qualquer pessoa a se relacionar com médicos. As cenas de sexos em excesso e conflitos amorosos passam a ser tantas que a questão médica e cientÃfica fica em último plano, tem momento da série que os casos médicos nem são mais concluÃdos para abordar sexo e conflitos amorosos.
Outra crÃtica: cenas extremamente caricatas, como cirurgiões dançando antes de uma cirurgia complicada; falas sem o menor sentido; dramas desencaixados; excesso de situações que não tem nada haver com a Meredith e, do nada, a situação se torna sobre ela; muito paciente morre só para dar toque de drama...
Triste porque foi uma série que marcou a minha adolescência e achava incrÃvel os conflitos internos e éticos que os médicos por vezes se verem colocados, mas está ultrapassando o ridÃculo. A série esqueceu de acabar.