Considero que o livro lida de forma magistral com a contraposição de ideias que permeiam muitos dos sistemas que buscam explicar, disciplinar ou definir a melhor forma de vida em sociedade. De um lado, o ideal de uma sociedade feliz e livre de crenças metafísicas (nem sempre tão benéficas), mas sob um controle racional que reduz a condição humana a uma linha de montagem e à fuga do sofrimento. Do outro, uma sociedade menos regrada pela pretensão humana da racionalidade, livre para o conhecimento e para o questionamento de tudo (inclusive de sua existência) ,mas que tem de lidar com todas as mazelas que a liberdade e a diversidade impõem.