Poucos livros conseguem equilibrar a profundidade da reflexão com a fluidez da narrativa de forma tão impecável quanto 'O Retrato de Dorian Gray".
A escrita do autor Oscar Wilde é satisfatória, um deleite a um bom leitor, sua atenção aos detalhes, como seus personagens são todos tão humanos, tão vivos e sensíveis, o ritmo dos acontecimentos é perfeito, muitas coisas acontecem na história deste livro e nada é de forma corrida ou prolongada mais do que devia, apesar dos termos antigos, sua escrita ainda funciona atualmente.
No começo, Dorian é visto como alguém que emanava pureza de caráter e inocência, fazendo com que cavalheiros desavergonhados se retirassem do recinto em respeito a ele. Porém, as atitudes do personagem alteram o modo como a sociedade o via, em razão disso ocorre uma inversão de papéis onde, pessoas se afastam de Dorian, por ele ter comportamentos considerados, para aquela esfera social, imorais.
Oscar Wilde descreve as ações de Dorian Gray alude a Jack, o estripador, sua mudança de personalidade e pensamento fica nítida apenas pela forma que sua fala é escrita, o jovem imaculado se transforma em um adulto egoísta e fascinado por si próprio, é nítido, é sensível.
O personagem por quem mais criei afeição foi Basil Hallward, um pintor amigo de Dorian.
Basil cria uma devoção e admiração por Dorian que ele diz não considerar normal nutrir tal sentimento pelo amigo. Lorde Henry diz pensar que Basil não se importaria com nada além de sua arte, Basil afirma que Dorian Gray é sua arte. Mais para o final do livro, Basil afirma que nunca amou de verdade uma mulher e sempre foi devoto a Dorian, fala que foi censurada na versão de 1891.
Em uma escala de 0 a 5, eu diria que Dorian Gray é um perfeito 4.8