A genialidade de Gabo, mesmo enevoada pelo tempo, destino cruel de quem ama a memória e faz do juízo seu laboratório mágico de criar e contar histórias, é algo fascinante.
Já sem sua memória em bom estado, o autor escreveu um dos livros mais humanos, mais marcados pelas relações do cotidiano e seus desdobramentos.
Muito reflexivo sobre essas questões restritivas e quase punitivas que as pessoas cismam em criar pra si, especialmente, quando se é mulher na maturidade.
O Gabo do "fim da vida" tinha muita vida e, dotado do poder mágico de nos aprisionar com suas palavras, aprisionou-me, trouxe ainda mais lucidez sobre o que penso e me encheu de uma alegria profunda em poder dizer: eu vivi no mesmo espaço-temo que Gabriel Garcia Marquez