Luis Fernando – Google

A primeira temporada se mostrou um verdadeiro fenômeno ao incrementar a aura oitentista dos filmes de Spielberg e outros veículos da década passada, desde os filmes de terror consagrados à obras literárias, até mesmo ao simpático estilo de RPG, sobretudo a emulação de missões com os objetivos de cada etapa da investigação em andamento naquele momento, ora recompensando ora quebrando expectativas, as crianças deram um show na atuação, equiparando até mesmo aos já em extensas carreiras como Winona. Ainda que houvessem falhas no roteiro como a personagem entrar em um laboratório ultrassecreto como se passeasse no shopping ou conveniências narrativas para ajudar certas personagens a atingirem objetivos só por que o roteiro quis. Mesmo assim a primeira temporada entregou quase redondinho até seu final o que vinha a dizer, não se valendo das referências como muletas pelo contrário sábia as usava para incrementar o enredo e sua trama. Agora nas sucessoras, jesus amado, mudanças bruscas de personalidades de personagens apresentadas na primeira como completos bobalhões de repente se tornam geniais, vide Dustin, introduzido como um garotinho alívio cômico quem passou a ser inteligente, enquanto os demais se tornaram burros, mas vejam bem, não foi por que a personagem cresceu e aprendeu com o passar dos anos, e sim, por que o roteiro fez o que filmes da sessão da tarde faziam com seus pavorosos Pequenos Espiões, Bebês Geniais e Esqueceram de Mim, aquela típica comédia em que os adultos se esquecem de usar três neurônios do cérebro. E fora, as conveniências narrativas que passaram a ser um dogma na série, qual facilitações para que as personagens atinjam seus objetivos sem quaisquer esforços, o roteiro finge que está desenvolvendo personagens e a trama e a gente por sua vez finge que acredita. Realmente, fico pasmo ao ver tanta gente defender a série como se tivessem sido xingados ou tido algum familiar humilhado. Deu já o que tinha que dar, e por se tratar de série sempre precisamos continuar a ver para se ter uma noção do todo e não só de sua parte, vamos ver a quinta, mas seguindo a forte tendência silenciosa na primeira temporada e agravada na segunda adiante, a quinta e torço ser a última de uma vez por todas, seguirá firme e forte no roteiro passador de pano que têm.

como posso dizer isso... se você está procurando um filme com tiroteio e porradas vazias e protagonista salva pela "proteção do roteiro", então esse filme é para você. A Netflix é um streaming peculiar, prezam muito pela quantidade e não qualidade, acreditava que de 2017 para cá teriam aprendido essa valiosa lição, ledo engano. Ela aposta, e aposta com gosto de gastar muito e fazer pouco. A fotografia tem seu deslumbre e charme aproveitando a artificialidade do neon reforçando a todo o instante a problemática da personagem, que de persona nada têm, além de caracterizações típicas deste subgênero de ação "Exército de 1 homem só" no caso "Exército de Uma Mulher só" hehe. As atuações são tanto faz, os melhores podem com o pouco que o roteiro oferece.