Mr Salazar

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É um documentário que faz a gente repensar em tudo que fazemos na internet e em como isso nos afeta. É algo que não chega ser tão novo assim pra mim, porque eu pesquiso muito sobre o assunto e estudo alguns algoritmos, mas ainda assim é algo que choca pela maneira como é apresentada; de maneira tão visível, tão gráfica. Acho que de tudo que foi apresentado, o que mais fiquei intrigado, foi com o algoritmo do Twitter, que captura literalmente tudo que você faz no site. Não que outras redes não façam isso, mas como o Twitter foi usado como exemplo, estou citando o mesmo aqui. Eu acho que sou uma boa incógnita pros algoritmos, porque das dicas que foram dadas no doc, eu já sigo 90%, porque meu cel ta sempre no silencioso, notificações desativadas e a quantidade de uso das redes sociais é bem moderada; acredito que eu usufruo mais delas do que elas de mim, até porque em 85% dos sites/apps que acesso, eu bloqueio anúncios e tudo mais, logo não gero receita para a empresa, kkkk. Enfim, acho que o doc. é de extrema importância para abrir a mente das pessoas, mesmo que ele seja mais especulativo do que algo que apresente soluções claras. Vai servir bastante pras pessoas refletirem e repensarem tudo que fazem na rede mundial de computadores.

||Desalma - T1|| Simplesmente a melhor série brasileira que já vi. Eu já tinha visto algumas cenas que divulgaram antes do lançamento e assim como eu tinha dito na pré-avaliação, a série parecia ser linda, e agora que eu vi, posso afirmar que de fato a série é um espetáculo no quesito beleza. A fotografia da série é impecável; os locais de gravação realmente ajudaram muito na composição de cenas mais obscuras que são a peça chave da obra. Eu fico muito feliz e grato pela existência do Globoplay, e pelos investimentos que a Globo fez nesse serviço. Mas a série não é só uma fotografia bonita não, ela tem bastante conteúdo, e sabe explorar muito bem o gênero no qual se encaixa. A trama já me despertou uma curiosidade logo de cara, e grande parte disso veio pelo fato de eu gostar muito desse tipo de conteúdo, místico. Mas a outra parte foi por conta da história e da atuação do elenco, que foi muito bem selecionado, inclusive a Cássia Kis deu uma identidade espetacular para a personagem, e ainda sobre essa personagem, tenho que parabenizar também a equipe de figurino&maquiagem que tiveram um trabalho muito importante na série também, e conseguiram realizar um trabalho belíssimo. Enfim, se você curte misticismo, terror sobrenatural, suspense e mistério, vale muito a pena assistir, e além do mais, temos que valorizar nossas produções brasileiras, não é mesmo. Então acho que esse já seria um bom motivo para você ver. OBS: Precisamos de mais uma temporada, porque quero um desenvolvimento melhor do final. Acabou igual a Season 1 de Dark.

- Sinceramente eu acho que não entendi. Esse filme é confuso, bizarro e grotesco. A narrativa é complexa, parece que esqueceram do continuísta, porém ao mesmo tempo fica claro que essa coisa meio desconexa é proposital. A trama se passa no início do século XX e gira em torno de dois faroleiros, Thomas Wake (Dafoe), responsável pelo farol de uma ilha isolada, e Ephraim Winslow (Pattinson), seu ajudante. Entretanto, parte do farol é mantida fechada, que fica que deixa o novato cada vez mais intrigado em descobrir o que acontece no espaço privado. A princípio eu achava que tinha entendido para onde a história estava se encaminhando, porém quando ela chega lá eu fiquei mais perdido ainda. Fora essa confusão toda, eu achei o filme artisticamente lindo, primeiro porque ele é gravado em Preto e Branco, com a proporção de 1.19:1, e além disso tem uma trilha sonora muito impactante que faz do filme um terror psicológico e perturbador. Enfim, só vendo pra vocês entenderem do que eu to falando; é uma coisa meio sem pé nem cabeça, porém me deixou curioso em alguns momentos.

- Aff, esse filme é maravilhoso, mas o único problema é que ele acaba. Eu amei essa maneira irônica e 'satirizada' de falar sobre o nazismo; e inclusive o fato de vermos esse cenário de horror pelos olhos de uma criança, é mais impactante ainda. O filme traz esse lado cômico da sátira mesmo, porém ele não mede esforços para chocar o público com a realidade bruta e cruel da época, e também como isso reflete sobre o protagonista. O filme tem tanto conteúdo que da vontade de ver mais; como se fosse uma série mesmo, porque essas histórias secundárias tinham tanto para desenrolar, e acontecem de maneira resumida porque não são principais; como por exemplo a história do sargento(Sam Rockwell) lá. É uma pena, porém compreensível, visto que almejavam tal resultado. Além da história, narrativa e roteiro serem muito bons, a fotografia do filme é perfeita também. Tem várias cenas que poderiam virar um quadro facilmente, e fica claro que a direção se importou com cada detalhe destas cenas, é notável o empenho que tiveram, e ficaram lindas. Por fim, os personagens são muito carismáticos e fácil de se apegar(os do "bem", digamos assim). O Yorki é extremamente fofo, aff. E vale ressaltar que os personagens são tão bons graças à atuações belíssimas desse cast maravilhoso.

No início pensei que seria mais um filme daqueles que faz um retrato histórico e tals... mas me enganei lindamente, pois o filme tem muito conteúdo do que isso. O Roteiro sabe levar o espectador de maneira interativa e cativante, com diálogos muito interessantes de se ouvir, e com personagens caricatos, e além de tudo isso ainda consegue te contar a história por trás da trama. Eu não conhecia nem metade do que foi apresentado, e ao longo do filme fui ficando cada vez mais interessado pela história de cada um dos Dois Papas, e curioso pra saber como seria a resolução. O Papa Francisco é sem dúvida o melhor papa até então, porque ele demonstra a evolução da igreja católica, com um olhar para o futuro, visando juntar as pessoas e não as dividir. Eu não fazia ideia de como funcionava o sistema político da Igreja, e muito menos que tinha uma eleição; o que na real é meio óbvio, mas tipo, tem coisas que você nunca nem parou pra pensar tlg, então... Enfim, o filme é bem bonito, mas o foco dele é a narrativa mesmo, e cumpre muito bem com isso; mas eu quero ressaltar duas coisas que me chamaram muito a atenção; a primeira é a o estilo de filmagem, que da um intrusão muito maior para quem está assistindo, porque so como algo amador, porém ao mesmo tempo de maneira profissionalmente muito bem pensada; e a segunda coisa é a filosofia presente nos diálogos, em quase todo momento. São palavras muito lindas na maioria das vezes, e que ecoam no pensamento, algo para refletir.

Este é um filme que significa muito mais pelo seu processo de produção do que pela obra em si, porque primeiramente que é um filme gravado de de maneira escondida e sorrateira, pois esse diretor, Jafar Panahi foi proibido pelo governo do Irã, desde 2010, de gravar filmes no país, inclusive ele foi preso por 3 meses por conta disso. E assim como alguns outros filmes que ele fez, esse filme foi gravado de forma clandestina. O filme basicamente é uma crítica aos costumes machistas, fúteis e retrógados do país, onde condenam a arte e menosprezam as mulheres. No início vemos uma garota que deseja ser atriz, gravando um vídeo pedindo ajuda para Jafar, e no final desse video, aparentemente ela se suicida. Por conta disso, Jafar e uma amiga decidem ir até a aldeia da menina para investigar a veracidade desse video. Assim como eu comecei dizendo, o processo desse filme é impressionante, ele pega todo seu equipamento moderno, esconde em pontos estratégicos no carro e filma toda a aventura, e acontece tudo meio que na prática, porém ainda assim ele mesmo admite que de toda forma ainda pode-se dizer que há um roteiro. Enfim, eu acho que uma hora ou outra esse cara vai acabar morto numa vala do Azerbaijão; mas acho muito corajoso o trabalho dele, porque além do risco e das dificuldades, ele consegue retratar a realidade desses lugares, e é esse o foco de suas obras, e também não é por nada que ele tá sempre ganhando prêmios pelos seus filmes; porém além de tudo isso, tenho que dizer que é um filme bem cabeça, e mesmo assim a mensagem que o filme quer passar não é algo tão cativante assim, então você tem que ter bastante saco pra ver até o final. Eu sou uma pessoa tranquila, não tenho tanta pressa, e quando coloco um filme pra assistir vejo até o final, sem parcelar, portanto consigo ver de boas, mas alguém mais impaciente, que precisa estar sempre entretido com alguma coisa na narrativa, não vai conseguir assistir até o final.

Esse filme é perfeito em tantos aspectos que fica difícil destacar apenas um, e se eu for destacar todos vai ficar algo muito grande, então vou tentar resumir. O filme é lindo, tem uma cenografia com um visual clássico bem elegante, até porque ele se passa nos anos 50, e a estética foi muito bem feita para que realmente lembrasse o Estado de NY nessa época. Ainda no quesito visual, vale destacar também os figurinos dignos de um filme clássico. Porém, além disso ele ainda conta com uma trilha sonora perfeita, que cria toda uma atmosfera vintage, gerando assim uma sensação maior de imersão. Inclusive o filme conta com algumas apresentações acústicas que fazem toda a diferença; e nesta ocasião o gênero adequado é o Jazz, que eu particularmente adoro. Mas quero destacar aquela faixa bem lenta que é tocada exclusivamente para a Laura, eu poderia ouvi-la por horas. O cast é maravilhoso, desde os personagens secundários até os principais. Eles têm uma característica bem marcante e principalmente cômica; é muito notável isso, inclusive no personagem principal que sofre de Tourette(é triste porém cômico). Aliás, eu gostei muito do protagonista, que por sinal é interpretado pelo ator, produtor e diretor do filme, Edward Norton; a desenvoltura pessoal dele é muito bonita de ver. A história é um tanto quanto interessante, desperta uma curiosidade, e a narrativa mantém isso com um suspense que vai se esvaindo aos poucos, mas também te prende ao menos até o final do segundo ato. Enfim, eu não queria me exceder e já me excedi. Apenas assistam esse filme, que com certeza vai te entreter por algumas horinhas

O início é "forçado" em vários momentos, e isso se mantém até o segundo ato, porém depois a dinâmica do filme vai ficando muito boa e esse estigma vai desaparecendo. O roteiro é muito bem adaptado, e a trama é perfeitamente moldada para que se encaixe no estilo "live-action". A batalha que ela enfrenta não é apenas coletiva, mas também pessoal, lutando contra o preconceito do próprio povo, em busca de conquistar o seu devido lugar, e mudar a maneira como as coisas costumam ser; é possível perceber um alto nível de empoderamento feminino, que é totalmente necessário. Eu achei o filme esplêndido; no clímax acontecem algumas coisas que você num momento está aplaudindo de pé e no outro está sofrendo junto com a personagem. Porque o filme consegue te envolver muito bem na história, portanto nesses momentos tensos você se conecta com os personagens. A cenografia é muito bonita; inclusive eu acho muito legal essa coisa que a Disney faz, de misturar elementos fictícios com cenários naturais, e sempre conseguem um ótimo resultado. Ah, e os figurinos são muito lindos também, principalmente os das mulheres, com aqueles tecidos de ceda, estilo imperial e tudo mais. O cast é muito interessante. Confesso que eu não conhecia ninguém, mas a atuação de alguns me surpreendeu, e a escolha de *Liu Yifei* para protagonizar Mulan não podia ser melhor. Por fim, a resolução do enredo é bem satisfatória, e no final acontece algo um tanto quanto notório. Normalmente nos finais desses filmes de princesas ou algo do tipo, acontece o beijo entre a donzela e o cavalheiro, porém nesse filme não, e no primeiro momento até fez falta, porque já estamos acostumados, mas depois eu percebi que isso não era necessário e que havia algo mais relevante para servir de conclusão para o filme, e acho que isso não foi um acaso, mas sim algo planejado pela diretora.

Eu adorei esse filme, e não foi nem pela trama em si, mas sim pelo cast mesmo, que além de lindo é muito característico e representativo para New Orleans, e os que não tinham essa característica também tinham uma performance adorável. Uma dessas características que me refiro, é a questão da cultura afro, que em minha opinião é muito bem representada pelos principais ali. Tenho que dar o merecido destaque para o *Jamie Foxx* que fez um papel maravilhoso como *Art* , expressando toda a personalidade de seu personagem; ao *Joseph Gordon* como *Frank*, que gerou aquele equilíbrio necessário em questão de cultura; ao *Rodrigo Santoro* como *Biggie* que já merece destaque só por ser BR e por fim ao *Machine Gun Kelly* como *Newt*, que quando eu vi eu pensei: _"peraí, acho que eu conheço esse cara de algum lugar"_ e porque além de um ótimo cantor, ele fez uma participação que eu diria até bem notável. As cenas de ação são muito boas e cheias de efeitos especiais, que eu curti bastante inclusive, e também o contexto compõe muito bem as cenas, logo elas se tornam boas. Acho que a única coisa que podiam melhorar são as abordagens, porque em alguns momentos ficou algo muito forçado, no sentido de criar uma situação somente para conseguirem chegar em tal ponto final, sendo que de maneira natural isso chega a ser ilógico (Parece confuso, mas faz sentido). A trilha sonora compõe muito bem a trama, e além disso representa lindamente a parte mais periférica da cidade de New Orleans, focando principalmente no RAP/Hip-hop. Por fim, achei o filme bem dinâmico, você nem vê o tempo passar e quando percebe ele já está acabando; os temas sobre racismo apresentados são bem importantes; e achei muito interessante a ideia de elaboração das pílulas.