Killua Zoldyck

A primeira temporada da série foi uma obra-prima! O ruim de fazer uma temporada de tão alto nível é fazer com que os espectadores tenham altas expectativas quanto às próximas. E bom, nenhuma das temporadas posteriores conseguiu se equipar à qualidade da primeira. Como uma recorrente consumidora de séries policiais, True Detective, para mim, foi um oásis em meio ao deserto de obras medianas. Rust Cohle é, provavelmente, um dos personagens mais bem escritos na história da TV. Se você gosta de séries policiais - amantes de True Crime -, True Detective é uma excelente opção! :)

Zerei o jogo hoje, três anos atrasada. Infelizmente, não tive a oportunidade de jogar na data de lançamento, então eu acabei pegando muitos spoilers quanto ao enredo e ao destino de alguns personagens. A princípio, julguei a decisão dos roteiristas, e lamentei o rumo que a parte II do jogo teve. Neste ano, tive finalmente a oportunidade de jogar, e decidi fazê-lo, e, sinceramente, não poderia ter feito escolha melhor. Há certas experiências que só podemos ter quando vivenciamos. E a experiência que eu tive com The Last Of us Part II foi a melhor possível. Que jogo! Excelente em todos os aspectos. Gameplay, trilha sonora, personagens. Quando eu cheguei ao confronto final das duas personagens, só consegui lamentar pelas duas e torcer que elas pudessem superar, reconstruir, perdoar. Especialmente a Ellie. Não vá pelas opiniões negativas das pessoas pela Internet, jogue, se possível, e construa sua própria opinião. Abra a mente e permita entender o que o jogo quer passar. Se a implicância das pessoas que criticam o jogo não fosse tão grande, talvez pudessem experimentar uma das melhores experiências que alguém pode ter com um jogo. No final do primeiro jogo, Ellie diz que a jornada dela e do Joel não podia ser em vão. E a jornada dela, no segundo jogo, apesar de não ter se concretizado como aspirava, também não foi em vão. Ela aprendeu, da forma mais salgada possível. E nós, jogadores, também.

Breaking Bad é a melhor série que tive a oportunidade de assistir. Ela é intensa e envolvente. Criamos uma profunda relação de carinho com o senhor White, mesmo sabendo que ele é a pior pessoa da série. Com atuações de tirar o fôlego, principalmente as de Bryan Cranston e Aaron Paul, a série consegue ultrapassar a tela de uma televisão, tendo a incrível capacidade de nos fazer sentir alguma coisa. Breaking Bad, sobretudo, é uma série sobre seres humanos. Cada personagem tem seus medos, suas preocupações, seus defeitos e suas qualidades. O protagonista da série não é íntegro e nós sabemos disso. Entretanto, graças a nossa tamanha afeição pelo Walter, por suas motivações e por sua personalidade cativante, involuntariamente compramos a sua narrativa e torcemos para ele até o final. Jesse Pinkman tem uma evolução gigantesca na série. Ele vai de um garoto estupidamente estúpido, para um homem cheio de estigmas. Um homem emocionalmente instável, que durante toda a série está lutando contra si mesmo, contra seus demônios. Do primeiro episódio "Piloto" ao último episódio "Felina", Breaking Bad não decepciona, até mesmo em questões técnicas como fotografia, direção de arte, trilha sonora e obviamente, roteiro. Breaking Bad vai melhorando a cada temporada. E então, quando chegamos ao último episódio, ficamos satisfeitos, porque a série começou muito boa e terminou de uma maneira gloriosa. Até mesmo episódios "inúteis" como o da mosca, tem um significado profundo. A mosca representando a culpa que Walter White sente. A culpa de ter feito tantas coisas erradas. No final do dia, ao dormir, aquela mesma culpa volta a atrapalhar a sua noite de sono. Um destaque para o que eu considero o melhor episódio da série: Ozymandias. Esta parte da história é a conclusão de uma sequência de fatos. É quando todas as mentiras, todas as ações inescrupulosas de Walter White têm consequências imensuráveis e imutáveis. Assistir Breaking Bad pela terceira vez fez com que eu percebesse detalhes que jamais havia percebido e com que eu me apaixonasse ainda mais pela série.

Sensacional! Um filme dinâmico, não é lento, cansativo. É engraçado como o filme tem uma pegada social fortíssima, a maldade como protagonista da história, sendo representada primorosamente pelo incrível Javier Bardem – Oscar merecidíssimo, inclusive. O enredo foi bem adaptado, os diálogos são inteligentes e importantes para a narrativa e caracterização de cada personagem. A cena do cara e coroa apresenta como a maldade é suscetível a todos nós. Basta você ter a sorte de escolher o lado certo.

Oh, céus! O que falar de Glee? Assistir Glee foi uma experiência extremamente agradável, não somente pelas ótimas performances – destaco “Paradise by the Dashboard Light”, a melhor apresentação, ao meu ver -, como também pela relação entre os membros do clube. É nítido a evolução dos personagens, é algo muito bonito de se ver. Glee é uma série sobre amadurecimento e sonhos. Eu me emocionei em vários episódios da série. Glee é incrível porque apresenta diversas perspectivas sobre vários assuntos. O movimento LGBTQI+, as dificuldades dos deficientes físicos, a luta contra o preconceito em sua essência. Por mais que você, espectador, não ligue ou não dê a devida importância a esses assuntos, é impossível não se sentir minimamente afetado pelos dilemas dos personagens. Glee me ensinou, certamente, a ser uma pessoa melhor e mais empática. Enfim, se você ainda não assistiu Glee, por favor, assista! É uma série divertida, com personagens muito legais e bem desenvolvidos - não existem vilões, muito menos mocinhos em Glee. Todos são seres humanos. Se você gosta de música, mergulhe nessa aventura que é Glee. Você não irá se arrepender!

Série magnífica! Apesar das duas últimas temporadas terem me decepcionado devido a escolhas dos roteiristas que, particularmente, não concordo, seria injusto dizer que "Game of Thrones" é ruim. Pelo contrário. Os personagens e seus arcos de desenvolvimento são cativantes, a história é fantástica, com todos os reinos, intrigas e traições, batalhas. E que batalhas, meus amigos! Nunca irei me esquecer do episódio nove da sexta temporada. A batalha dos bastardos foi um marco na história da televisão, inesquecível. Tantas personas carismáticas como o Tyrion, a Arya, o Sandor Clegane (particularmente meu favorito). Game of Thrones é espetacular, não poderia dar outra nota além de cinco estrelas. Cabe agora esperar o spin-off da série e a conclusão da história nos livros, que, espero eu, seja satisfatório. No mais, assistirei muitas e muitas vezes. É incrível!

Sons of Anarchy, que série sensacional! Kurt Sutter conseguiu, de maneira excepcional, transformar uma história minimalista em algo grandioso. O plot que conduzirá a série durante todas as sete temporadas é a mesma: um clube de motoqueiros (Sons of Anarchy) que estão envolvidos com atividades ilegais. O interessante de SOA é que a trama não gira em torno somente das tragédias e brutalidades decorrentes de uma vida criminosa. A série nos mostra conflitos familiares, amizade e os dilemas relacionados entre bem e mal, certo e errado. A construção e desenvolvimento dos personagens é fantástico. Gostaria de destacar a atuação incrível de Katey Sagal. Esse, definitivamente, foi o melhor trabalho de sua carreira. A série é muito violenta, sugiro cautela a qualquer pessoa que tenha algum problema com brutalidade explícita. Enfim, se você gosta de séries bem trabalhadas, com personagens incríveis e uma trilha sonora de tirar o fôlego (essa série só tem música de qualidade, vai por mim), Sons of Anarchy é uma opção para você.

Um anime genial, com personagens complexos e extremamente bem desenvolvidos, um universo riquíssimo em detalhes, uma história e arcos bem feitos, fora a animação e a trilha sonora que são belíssimas! Isso porque não citei o arco das Chimera Ants. Enfim, Hunter X Hunter é um anime que todos deveriam ver. É insanamente bem construído, inteligente e surpreendente. Foi o melhor anime que eu tive a oportunidade de ver e para mim, o melhor shounen que existe!

Fico feliz que, com o sucesso inegável de Round 6, muitas pessoas estejam abrindo suas fronteiras para produções asiáticas. Confesso que, a princípio, me interessei pelo dorama pela rápida aparição do lindíssimo Gong Yoo. Entretanto, o que me manteve entretida por longos nove episódios foi a excelente execução da trama. Tenho ressalvas quanto a vários personagens, mas isso não é importante para essa análise. Verdade é, que assim como em Parasita, outro sucesso sul-coreano, Round 6 disserta sobre as desigualdades existentes. Colocados em um jogo sádico, todos os participantes possuem apenas dois destinos: a vitória ou a morte. Dos 456 jogadores, apenas um levará o grande prêmio. E aí que está a graça da série. Do rico ao pobre, todos nós, inseridos em situações desesperadoras, tendemos a agir como seres não pensantes. Qual é o preço da vida? Vale tudo quando estamos no fundo do poço? Quanto a essas perguntas, cabe ao espectador respondê-las após assistir ao dorama. Já aviso: esta série não é para menores de idade. Responsáveis, atenção com as crianças. Não é culpa da Netflix se os seus filhos assistiram algo inapropriado. No mais, assistam Round 6. Espero que se divirtam tanto quanto eu me diverti!

Dahmer é uma daquelas séries que deixam rastros. Seja um amargor na boca, um desconforto palpável ou uma repulsa incontrolável. É uma minissérie difícil, tensa e muito, muito triste. Se você planeja assistir à série, vá ciente desse fato. Aos que dizem que não é tudo isso, que esperavam um pouco mais de brutalidade, pensem novamente. Cada episódio não é uma maneira de entreter o público, mas de informá-lo e fazê-lo refletir. Quantas vidas poderiam ter sido salvas? Por que tanta negligência? Isso não é uma ficção sádica. É a pura e a mais perversa realidade. As vítimas existiram, tinham sonhos, família. E é para elas que esta minissérie foi feita. Aos que esperavam mais violência, é uma pena que tenham uma mentalidade tão pequena. A série não romantiza ou tenta justificar os atos hediondos do perverso serial killer Jeffrey Lionel Dahmer. Apenas entramos um pouco em sua vida, tentando entender como tamanha brutalidade surgiu - o que, sinceramente, não é muito fácil. Há certas coisas que, definitivamente, vão além da nossa compreensão. Uma atenção especial ao elenco brilhante. Evan Peters, como sempre, se desafiando em papéis complexos e psicologicamente insanos. Aqui, em Dahmer, ele fez um excelente trabalho. A falta de vida, apatia, compulsão, estranheza. Tudo em um só olhar. Bravo! Por último, como já disse anteriormente, se deseja ver esta série, esteja avisado de que é um soco no estômago. Vejam com cautela.