António Araújo Filipe

Desde a sua fundação que os King Crimsom mostraram que vieram ao mundo para inovar e definir rumos para o que se costuma designar, genericamente, por rock progressivo e para a música em geral. Este seu álbum, aparecido em 1970, o terceiro de estúdio, proporciona "viagens" magníficas para contextos e ambiências musicais, ainda hoje modernas. Todo o álbum é extraordinário. A última faixa, que dá o nome ao álbum é, com toda a subjectividade que uma opinião pode ter, uma obra-prima, inspirada e homenagem ao "Bolero" do compositor de Ciboure, que se transcende e nos transporta para um "universo" auditivo e sensorial paralelo, que parece perdurar mesmo para além da audição. Uma peça incontornável.