Elaine Henriques

Esse livro não é para pessoas que gostam de histórias superficiais. Stieg Larsson se aprofunda em cada detalhe da história, em cada aspecto dos personagens, ele simplesmente descreve o cenário ideal. Eu confesso que não simpatizei nem um pouco com Mikael Blomkvist, achei ele arrogante em inúmeras falas, e zero responsabilidade afetiva, apesar de não ter culpa de Lisbeth ter se apaixonado por ele, ele poderia ter tido mais consideração e cuidado com ela, do ponto de vista que o sucesso da investigação e da reviravolta no caso Wennerstöm deveu-se majoritariamente a ela, o que me leva ao ponto, Lisbeth Salander é para mim a protagonista principal deste livro aclamado. Não me faltam elogios para enaltecê-la, inteligente, leal a quem ama, cheia de personalidade, forte e sensata, é tão bom encontrar uma personagem tão diferente em meio a tantas tão iguais. Lisbeth, você tem mais uma fã!

Eu adorei o livro, gostei de como a história foi construída e a leitura me prendeu. Não entendo como tem pessoas que criticam a posição da personagem Wendy como submissa, sendo que essa história se passa em tempos que isso tudo era “normal”, acho que quando a gente lê um livro tem que mergulhar na história por completo e tentar compreender os detalhes de todo o enredo, ver com os olhos do personagem, afinal, nem tudo é conto de fadas. A única coisa que de fato me incomodou sobre ela foi no final do livro quando Jack está louco no andar de cima gritando e batendo o taco na parede ameaçando matar Danny, Wendy diz a Halloran que só o próprio Danny pode se ajudar agora, oi? Porém… Gostei muito do final desta edição do livro onde tem alguns mini capítulos explicando melhor sobre a história do hotel, desde o primeiro dono até hóspedes, gente que passou por desventuras no Overlook. Enfim, recomendo demais!

Vamos por partes. A estética do livro é impecável, confesso que foi o que me conquistou nele afinal eu nunca tinha me familiarizado com Garota, interrompida antes, nem livros e nem o filme. Eu gostei muito da maneira que foi explicado como funcionava a cabeça de Susanna, os exemplos, os detalhes e as referências, nos faz realmente pensar e (tentar) nos colocar no lugar de pessoas que tem o diagnostico. Mas eu confesso que não gostei muito de toda história em si, me incomodou o fato de não ser bem explicado no início o que de fato acontece com Susanna, pra quem não é familiarizado com a história fica um pouco difícil deduzir. Também não gostei muito da história não ser linear, é como se cada capitulo não tivesse conexão com o ultimo, o que fez com que o livro não me prendesse tanto. Mas isso é questão de gosto!

Se eu pudesse escolher uma palavra para definir este livro seria: surpreendente! Com certeza está entre os meus livros favoritos, fiquei intrigada desde o início querendo saber o que houve com Lulu, e conforme fui descobrindo o que de fato tinha acontecido ficava mais e mais satisfeita com o desenrolar. Gosto de livros assim, que nos tiram da zona de conforto e nos fazem quebrar a cabeça um pouco para no final tudo se encaixar e fazer sentido. Nota 10!

Acabei de ler Frankenstein, o que dizer? Li todas as avaliações e concordo um pouco com cada uma delas, as positivas e as negativas. Eu esperava ler um pouco mais sobre como foi a criação do monstro, e esperei até a última página para que o monstro encontrasse alguém que estivesse disposto a “conhecê-lo”. Me afeiçoei mais ao monstro do que ao Victor ou qualquer outro personagem. O Frankenstein tinha o sonho de dar vida a criatura e no mesmo minuto que isso aconteceu ele simplesmente surtou, em nenhum momento ele ficou realizado com aquilo, o que ele estava pensando? Achei ele de extrema covardia e fraqueza. Torci o tempo todo pra ele se dar mal. Nunca tinha me familiarizado com Frankenstein, e antes de ler eu achava que esse era o nome dado a criatura, mas pelo visto não me enganei, o verdadeiro monstro era mesmo Frankenstein.

Acabo de finalizar “A paciente silenciosa” e posso dizer que é o melhor livro de suspense que já li, duvidei de todos os personagens menos de quem deveria. Amei muito!

Esperava bem mais depois de ler “O homem de giz” mas, em alguns momentos tive até a impressão de estar lendo o mesmo livro, não gostei do personagem principal dos livros serem tão parecidos, tomam a mesma bebida, tem pais relapsos que não prestam atenção nos filhos e até em algum momento do livro O Que Aconteceu Com Annie se vê uma referência sobre ele falar em esconder uma cabeça no assoalho da casa, que se passa em “O Homem de Giz” (?) Esperava entender melhor a história da mina, da parte que virou o cemitério de crianças e sobre o que DE FATO aconteceu com Annie. Além do final ser muito vago e sem sentindo, Brendan foi a surpresa mais sem sal do livro, um bandido que se afeiçoa a pessoa que tá devendo 30 mil a ele a ponto de deixar ele livre e ileso, por causa de uma ameaçazinha? SENDO QUE O CARA MATOU A NAMORADA DELE? Deixou muito a desejar.