O filme A Chegada (2016) tem como história central a invasão de alienÃgenas no planeta Terra, os quais aterrissaram em 12 naves, uma em cada paÃs diferente. Em seguida, o foco é direcionado para o processo de estabelecimento de contato com os alienÃgenas pelos EUA. Em detrimento da necessidade de tradução da lÃngua utilizada pelos seres desconhecidos, o governo americano contratou uma linguista, Louise, para estabelecer uma comunicação, e assim ter consciência sobre a intenção desta chegada. No decorrer deste processo, há um destaque para hipótese Sapir-Whorf que consiste em: a forma que alguém vê/interpreta a vida está diretamente ligada com o tipo de linguagem que ela está imersa. Essa vertente é o que pode nos levar a questionar tanto os pontos positivos quanto os negativos que é possÃvel destacar em diferentes sociedades e assim poder refletir sobre o processo da formação de um pensamento individual e de aspectos culturais serem moldados por um ponto coletivo, ou seja, a lÃngua. Essa discussão é reforçada pela linguista, Louise, que muitas vezes questiona sobre não haver a garantia de que o sentido da palavra que eles apresentam é a mesma da linguagem utilizada pelo alienÃgena, de forma a evidenciar a falta de um conhecimento mais aprofundado sobre o ser e a sua lÃngua. Dessa forma, defino A chegada como um excelente filme para refletir sobre o uso da lÃngua, além de ser empolgante para quem gosta de ver humanos e seres de outro planeta se conectando e estabelecendo uma comunicação única e inesperada.