Sheilla Gomes

Estou bem surpresa com a nota alta desse filme. Não gostei. Mesmo que a proposta seja ser um filme de terror moderno, com temas como assédio, smartphones e Internet, o enredo poderia ter tido uma construção bem melhor. Eu particularmente não gosto quando o roteiro subestima a inteligência do expectador. A protagonista morre mas ressuscita. É o tipo de filme bobo, que eu não perderia meu tempo novamente. Apesar de terror não ser meu gênero favorito, tem melhores.

É um filme que eu não recomendo. Um filme com atores como Nicole Kidman tinha tuuuudo pra ser muito bom. Mas é só um filme sem pé nem cabeça mesmo. Não entendi a conexão entre a morte do paciente e a necessidade de alguém ser morto. A construção do personagem médico cirurgião é cheia de ponta solta. Ele se sente culpado por ter cometido um possível erro médico, por ter bebido no dia da cirurgia, e passa o filme inteiro sem beber. Poxa, que médico estranho, se mantém sóbrio e austero todos os dias e quando vai fazer uma cirurgia é que vai beber?! Pra mim não fez sentido. Também as cenas de sexo entre a esposa e o médico cirurgião, do nada, sem mais nem porquê?! Não casa com o enredo, que não é picante, chega a ser mórbido. Assim como o segredo revelado pelo pai, na tentativa de obter uma confissão, foi só escroto mesmo. Um filme com cenas com crianças com esse tipo de apelo, a proposta não fica muito clara para o expectador. O final horrível. Se o peso na consciência foi tamanho a ponto de não ser possível escolher a pessoa a ser sacrificada, tendo que fazer o trabalho "às cegas", tudo tranquilo sair pra comer e ficar de Boa?! A construção dos personagens é muito fraca.

Achei interessante. Entregou bem dentro da proposta. Vou assistir novamente, sabendo o final porque vou perceber melhor os fatos

Eu gostei. Não achei nada clichê. Pelo menos eu não conheço ninguém com poucos recursos que entrou na Universidade de Oxford só pra se aproximar de pessoas ricas?! Geralmente golpistas usam outros caminhos muito mais óbvios 🤔 O personagem protagonista é bem interessante. E ao longo do filme deixa escapar pistas sobre o seu caráter. Inclusive me lembrou muito um assassino de um caso real, em que um golpista jovem conquistou um senhor idoso (de 70 anos) e depois de mata-lo conquistou uma amiga dele, uma senhora. Esse enredo nunca foi sobre romance ou orientação sexual. As cenas bizarras fazem parte da proposta. Muito se falou das cenas de sexo mas uma das mais impactantes é quando um membro da família acaba de morrer e as pessoas vão comer torta. Sobre a falta de causalidade das cenas de sexo, isso pra mim fez muito sentido porque as relações são superficiais. A Pamela foi praticamente convidada a ir embora. O filho morreu e a família foi almoçar e fechou a cortina para não se incomodar com o corpo. As pessoas da casa não chamavam os criados pelo nome. A própria mãe disse que a filha transava com todo mundo e era masoquista e todos os amigos da família eles chamavam de Henry, tamanha impessoalidade. Isso também aparece na cena da festa de aniversário, em que dos 200 convidados ninguém sabe o nome do aniversariante. E cá para nós, não é algo tão distante assim da realidade das relações modernas, onde as pessoas compram seguidores. A bizarrice me lembrou um pouco o filme do Almodóvar, a pele em que hábito. E tudo ser tão bizarro contribuiu para que o final não fosse óbvio pra mim. Cena final e a música escolhida muito boas 🤣

Tinha tudo pra ser perfeito se não fosse o final. O figurino lindo. Me lembrou muito Barbie. O Harry Style, não é ator consagrado mas é um artista carismático. Mas eu acho que o final me deixou bem frustrada. Teria sido perfeito um plot twiste com a protagonista acordando de um coma, após a tentativa de feminicidio. Mas o final me deixou com a sensação que faltou uma parte, pra mim ficou sem sentido

Eu gostei muito, bons atores, cenário, figurino. Trouxe muitas provocações atraves de falas muito preconceituosas (talvez por isso algumas pessoas tenham dito que o filme é racista mas eu entendi que a proposta era mesmo mostrar o racismo estrutural, se foi essa a intenção acredito que tenha atingido o objetivo) e conseguiu expor de forma, nua, crua e literal o preconceito, que é julgar e/ou rotular qualquer pessoa sem conhecê-la previamente. Eu gostei e recomendo, embora o personagem italiano quase tenha ficado caricato mas o ator conseguiu lhe conferir atributos humanos que equilibrou a dose.