É bem verdade que é um filme feito por espíritas, para espíritas. Mas exatamente por esse motivo deve ser assistido com o coração aberto, sem bancar “o bonequinho viu” da crítica, sem julgamentos. Não é 100% fiel ao livro (nem o primeiro filme o é), mas faz jus a mensagem de amor a que se propõe. Convida a reflexão sobre vários temas, e para tanto requer atenção para entender o “ir e vir” dos fatos (talvez aí tenha ficado confuso para alguns, por não deixar claro a relação de algumas cenas com a linha temporal). O filme fala sobre amor, perdão, e o que achei mais interessante e é muito pouco abordado: a enorme chance de falha nas nossas missões enquanto encarnados. Aqui, em meio a energia densa da Terra e sob o véu do esquecimento, fica fácil ceder ao nosso lado sombrio em situações difíceis dado o grau de evolução espiritual em que a grande maioria se encontra. Nem todos os finais são felizes, mas para todos há o recomeço numa nova tentativa. Isso é real, e é uma das mensagens que a adaptação do livro tem a intenção de passar.