O filme é uma obra de arte. Têm muitos elementos da arte barroca: parece ter saÃdo de uma obra de Caravaggio ou Rembrandt: O jogo de luz e sombra; as personagens femininas, com aspecto angelical; Jean Baptiste, como a figura de um fauno; o próprio enredo do filme, como alguém que saiu do mais horrendo, escuro e sujo dos becos, para o mais belo, claro e limpo dos ambientes, como uma representação do inferno e do céu. A dualidade sempre presente no filme, inclusive no nome do perfume: "Amor & psiqué"; O próprio conflito vivido pelo personagem, abandonado pela mãe, que ficou órfão ainda bebê, criado num orfanato, que conseguiu dominar a todos, mas nunca conheceu de fato, o que é o amor. O desejo de obter um perfume que dominasse o mundo, demonstrando o exagero da arte barroca... Enfim, todos os elementos do barroco estão bem representados neste filme, de caráter psicológico, cuja personagem principal, que é também o antagonista do filme, é contado numa narrativa muito bem trabalhada, em terceira pessoa, como se alguém estivesse nos contando uma estória, enquanto lia um livro. Ao mesmo tempo que nos traz um suspense policial, estilo "Jack, o estripador", de um serial killer parisiense. Um filme simplesmente sensacional e perturbador, capaz de nos prender do inÃcio ao fim!