A série tem boa premissa e atuações. Principalmente as atuações extremamente físicas daqueles transformados em zumbis. E neste ponto elogio também a maioria das coreografias de lutas e a intensa correria, o que provoca um grande senso de urgência e faz-nos torcer a cada segundo por alguns personagens.
Além do acima, a química entre os atores do núcleo principal, é ótima. Tanto quem os coordenou, como os próprios atores em si merecem aplausos.
Só que a série oscila muito e acaba se autossabotando em diversos momentos, ora pelas falhas (por vezes grotescas) no roteiro, ora pela simplificação extrema na solução de algumas situações. E isto fica evidente quando você vê o arco de alguns personagens. Exemplos:
SPOILERS / SPOILERS / SPOILERS / SPOILERS
Choi Nam-ra (a presidente): em primeiro lugar, há aqui uma pequena demonstração da cultura coreana em relação ao respeito pela hieraquia e o funcionamento da sociedade. Assim, entendemos o respeito dos colegas com a sua presidente. Já esta, tem sua jornada começando com uma aparente antipatia e indiferença aos demais, passando pela integração forçada ao grupo principal diante das circunstâncias e termina por dividir o protagonismo nos episódios finais. Mas é impossível entender, afinal, o fato dos seus poderes (olfato e audição avançadas) simplesmente serem totalmente esquecidos em diversos momentos, como quando o vilão (Yoon Gwi-Nam, cujos poderes sempre funcionam) aproxima-se deles no terraço do prédio principal. Pegando a todos de surpresa desnecessariamente. Esta oscilação ocorre em diversos momentos até o final, tornado tudo meio rocambolesco.
Obs: atribuo isto à falhas da série e não às oscilações dos seus poderes em si.
Lee Na-Yeon (a antipática sem sentido): as motivações dela nunca são claras e, portanto, fica difícil engolir suas atitudes, como a de causar, intencionalmente, a transformação de um certo personagem muito querido do grupo.Nos capítulos de apresentação dos personagens, a única cena que tenta justificar sua maluquice é a rejeição pontual por parte da presidente de classe. Mas é bom lembrar a presidente rejeitava a todos. Então, esta motivação em si, não faz o menor sentido. Suas ações grotescas e ainda seu menosprezo pelo tal personagem ser bolsista, é totalmente fora de lógica.
No aspecto motivações é muito mais fácil entender os personagens Min-Eun e Kim-Cheol Soo, já que ambos sofrem extremo bullying de seus colegas de escola, sendo, inclusive, desacreditados ou obrigados a acobertar os valentões, por capricho da direção, professores e também pelo medo de sofrerem situações piores ainda. Então, quando Min Eun Ji começa um incêndio na escola, por mais que bisonhamente esta situação redunde em nada, nós engolimos e entendemos.
Além dos exemplos acima, o desfecho de alguns personagens são completamente estranhos e "fora da casinha", beirando ao anticlímax e, portanto, ao invés de eu sentir pena, um aperto pelo acontecido, meu sentimento foi de: WTF?!?!
A série não precisava nem de uma segunda temporada, já que, se diminuíssem a enrolação de alguns episódios, daria pra encaixar fácil a resposta pra muitas perguntas que ficaram.
Agora, que final idiota foi aquele? Quer dizer que a menina acendeu a fogueira pra fazer com que o grupo se despencasse da zona de proteção até lá pra ela dizer oi e, depois, tchau.....Pelo amor.