Moisés Faria

É uma série interessante nas primeiras temporadas para sentir a presença do caos nos primeiros anos do vírus e a ruptura da sociedade, com todos totalmente inexperientes naquele clima de adrenalina. O que mais me chamou atenção foi o fato de abordar as primeiras impressões do vírus, a novidade em si. Tudo bem que não tinha como manter essa perspectiva durante muito tempo, afinal já havia uma série anterior que mostrava justamente o vírus como parte da vida, e não como algo desconhecido. Primeira e Segunda foram excelentes, a Terceira, Quarta e Quinta me fizeram pensar "Por que estou assistindo a isso e não a TWD?!". Tudo bem, são percepções diferentes, regiões, personagens (apesar de crossover), focos etc, mas foi tomando um rumo cansativo de narrativa lenta, assim como até o próprio TWD começou a tomar durante um tempo. Quando não tinha mais o que lentificar, começaram a fornecer novidades assassinando personagens excepcionais (que ao meu ponto de vista eram brilhantes, mas não tomavam o estrelismo de outros). Acho "fantástico" esse desejo que Robert Kirkman tem de querer reciclar/inserir personagens na contra-mão. É quase um apelo dele para puxar o telespectador. Sexta Temporada salvou muito, porque eu já estava sem fé, pra ser sincero. A Sétima veio e fiquei "Uhm". Um "Uhm" que soava quase como um "Ah! Acabou...". Não é de todo uma série ruim, mas com certeza quebrou com minhas expectativas, não pelo começo, mas pelo desenvolvimento a partir da 3° temporada.