Gricieli Robaina

A escrita do livro não me agradou, em parte por ser narrada em terceira pessoa. A estória não foi surpreendente, e a autora incluiu muitos detalhes que pareciam apenas preencher espaço, como longas descrições de coisas irrelevantes, como cada móvel de uma sala. Essas descrições não acrescentavam nada à narrativa. Além disso, faltou um enredo forte, e, para mim, um bom suspense ou thriller precisa de um plot envolvente. No fim, a história tinha potencial, mas a forma como foi contada não me agradou.

No começo a escrita da autora me incomodou um pouco e confesso que por mais que o primeiro capítulo seja rápido, a escolha de começar por aquela parte [mesmo que seja significativa para o desenrolar da estória foi chata para mim]. Os personagens eu gostei bastante, não achei que a autora enrola, ela foi bem direta. O que me deixou extremamente surpresa foi o fato dela conseguir conciliar o sexy sem ser vulgar, e para mim tem que ser muito talentosa na escrita para conseguir um feito desses. Foi sem sombra de dúvidas o livro mais sensual que já li, e muito divertido. Para meu primeiro livro de época, posso dizer que foi bom.

Na minha opinião, o primeiro livro foi melhor. Eu gosto desses clichês de líder de torcida, garoto popular, valentões, e uma menina tímida que, de repente, vira o centro das atenções. Me julguem, mas isso é resultado de ter assistido a todos os filmes dos anos 2000. Já neste livro, a personagem está em um cenário diferente, menos escolar e mais voltado para castelos, vampiros, clãs de vampiros, reinos, etc. Para quem gosta desse estilo, deve ter sido um ótimo livro, mas para mim, em certo ponto, a leitura ficou cansativa. Contudo, entendo que isso depende do gosto de cada um.

No início, achei quase insuportável. Tive que verificar o número da página várias vezes de tão entediante que estava, com centenas de menções sobre a beleza de Ian. Se isso me incomodou no primeiro livro, neste foi ainda pior. Até a página 130, quase nada de interessante havia acontecido, e a protagonista só sabia elogiar o marido. Além disso, a personagem, que começou a estória com uma personalidade moderna e independente, se transformou em alguém submissa e mimada, o que a tornou intragável. Os personagens secundários, que salvaram a estória, só apareceram na metade do livro, o que finalmente trouxe alguma agitação ao enredo. Parece que a autora enrolou até a metade do livro para depois fazer estória melhorar, o que é uma pena, porque ao chegar lá, em um livro de quase 500 páginas, você já está desinteressada. Conclusão: se a autora tivesse focado mais no desenvolver da estória, não em babar o ovo do senhor clarke seria menos entediante.

No começo não me prendeu tanto, a leitura foi um pouco arrastada e somente depois que já estava avançada na estória que acabei me apegando aos personagens. Sofia é uma personagem divertida em certos aspectos, porém, há certas cenas que autora exagera nas descrições sobre o Ian, toda hora falando o quanto ele é lindo e bla bla bla, isso torna muito cansativo. Confesso que esperava mais do final, achei fraco a desculpa de uma espécie de ‘fada madrinha’… Enfim, fiquei um pouco decepcionada, vamos ver o que o segundo me reserva, espero que já familiarizada com os personagem eu aproveite mais.

Esse foi o último livro, e eu fiquei exausta de tanta história. No meio do livro, eu já tinha até esquecido como começava, de tantas reviravoltas que aconteceram. Esse, com certeza, foi o livro em que a autora mais descreveu cenas de magia. O final do livro foi totalmente diferente do que eu imaginava, mas confesso que queria mais informações sobre os personagens que não eram os principais, mas que ajudaram a compor a história até o fim. Senti falta disso. Vou sentir muita falta porque me apeguei aos personagens, e é a primeira vez que isso ocorre. Sempre acabo achando os personagens secundários sem graça ou até chatos, mas nesse caso, adorei todos, principalmente os amigos de Anna, cada um com a sua personalidade. Enfim, irei sentir falta; valeu muito a pena.