Duas novelas encantadoras e envolventes de Dürrenmatt. Limitar-me-ei a comentar o destaque presente nas duas histórias: a linguagem não -verbal( desejos, tensões, soluções) presente em cada um de nós, que pode possibilitar no impulso. Esse impulso pode vir verbalizado ou não. Eis o ser social em sua manifestação: alegre, triste, destruidor, passivo, carinhoso, agressivo. Os personagens dos dois atos distintos carregam todos esses sentimentos, com as limitações verbais que os grupos sociais impõem e que nem todos conseguem romper. Destacou: 1- a belíssima técnica descritiva na primeira novela para culminar no rompimento do véu do ato criminoso(a idosa- o religioso- e o investigador). É hilária, tensa e comovente. 2- os três idosos com formação jurídica escarafunchando a mente e a alma do representante comercial. Relações sociais e acadêmicas distintas que podem resultar em atos inimagináveis.
Enfim, o autor burila as palavras, burila o leitor com muita categoria. Vale a pena ler o autor.