Tatiana Tavares

Uma série forte, sensível e urgente. A série não foca apenas na tragédia da chacina de 1993. Ela vai muito além: mostra quem eram aquelas crianças antes da violência. Fala sobre sonhos, afeto, companheirismo, alegria e, principalmente, o que levou cada uma delas a viver nas ruas. A série humaniza essas histórias com profundidade e respeito, e traz também elementos culturais e espirituais potentes, como a Umbanda, que aparece com força e significado em momentos-chave da série. Com atuações intensas, uma estética única (entre o real e o simbólico), e um forte compromisso social, a série emociona, revolta e faz pensar. Assista. Reflita. Honre. Não esqueça. 💔✨ Vale muito a pena.

Atores com atuações péssimas, todos, sem exceção. Ninguém entrega nada que se salve. A série é rasa, sem narrativa sólida e absolutamente apelativa: do nada, cenas de sexo desconectadas de qualquer enredo. Filho se drogou? Sexo. Pai sumiu? Sexo. Estressada? Sexo. E tudo isso com um sexo fraco, sem química, parecendo gravação feita no quintal de casa. Tentaram empurrar emoção e suspense, mas o que ficou foi só ranço mesmo.

Eu já sabia que ia me arrepender de assistir, mas fui lá, dei o play e confirmei: sim, me arrependi. Primeiro ponto: estão empurrando essa atriz como a "nova cara de Hollywood", mas sinceramente? É bonita, sim, mas com atuações extremamente forçadas e uma única expressão facial do começo ao fim em todos os gilmes. Parece mais um manequim de luxo do que uma personagem com alma. Segundo ponto: e aqui vem meu verdadeiro ranço: romance inglês no cinema continua sendo aquela ladainha melosa, fria e previsível. Sempre o mesmo roteiro: briguinhas mal resolvidas, diálogos entediantes, e um final onde ou ficam juntos como se nada tivesse acontecido, ou alguém morre pra gerar emoção forçada. Inovação? Passou longe. Spoiler importante (e necessário): doença não é justificativa para tratar os outros como lixo. Não importa se a pessoa está no fim da vida, se ela te trata mal, você tem todo o direito (e até o dever emocional) de mandar tomar no c!* Essa romantização do sofrimento alheio como prova de amor já deu. O amor não é campo de guerra nem terapia emocional gratuita. Culturalmente, é insuportável como ainda tentam enfiar goela abaixo essa ideia de que "ele(a) só te tratou mal porque estava sofrendo", não, obrigada. Não é sobre não ter empatia, é sobre não aceitar ser maltratada em nome de um amor tóxico disfarçado de drama romântico. Meu tempo de trouxa morreu, foi cremado e jogado no mar. No fim das contas, é só mais um filme esteticamente bonito, com trilha sonora clichê e uma trama que tenta ser profunda, mas escorrega na superficialidade emocional e no abuso romantizado.

Série envolvente e intensa, com boas atuações, especialmente da mãe distante e difícil, e do pai com Alzheimer. O mistério prende, mas há momentos confusos e uma interpretação fraca, como a da policial. É uma produção que mantém o interesse pela curiosidade em descobrir o culpado, mas existem séries melhores, sem dúvida. Nota: 6/10.

Baseada em um caso real(mas não uma reconstituição literal), que escancara como nós, mulheres, seguimos desprotegidas, seja dentro de casa, seja pela polícia. A história é lenta, mas necessária, porque mostra a impotência e a frustração de ver um crime não receber a devida atenção e o culpado seguir livre. A fotografia é bonita, mas o que realmente marca é o incômodo que a série deixa. Muita gente reclama do “final em aberto”, mas, na real, ele é o retrato da vida real: quando a investigação é mal feita, a justiça não chega. É daquelas séries que mexem, deixam um verdadeiro incomodo porque queremos JUSTIÇA e lembram que o perigo pode estar até ao nosso lado na cama.