Agora revendo esta trama com mais atenção, ela entrega mais do que o telespectador espera dela. O foco da série não é sobre poder, é sobre humanidade. Um ser humano aprendendo a como salvar o mundo. Muitos de nós apostamos que algo vai acontecer na série sem dúvidas, e aí ela se mostra totalmente imprevisível, deixando todo o universo ainda mais interessante. Todo o cenário se passa em meio de uma ditadura que mantém uma guerra com mais de 100 anos desde seu início, uma era em que as nações vivem seu momento mais delicado. Aang, um menino de apenas 12 anos, se depara com uma realidade totalmente diferente daquela que conhecera. Paralisado pelo medo e negação, fugiu dos seus problemas, mas 100 anos depois é encontrado por Katara e Sokka, e agora deve enfrentar seus medos e bloqueios, ao mesmo tempo que carrega o fardo de ser o último dobrador de ar que não fora morto pelo genocídio por pura ironia do destino. A partir daí se desenrola um enredo cheio de reviravoltas, auto descobertas, amores, renúncias, perdas, obstáculos, provações... Tudo isso encaixado em uma trama bem amarrada e em um formato mais infanto juvenil. Cada personagem é tridimensional (como Toph, que tornou de sua cegueira uma forma de fazê-la ser ainda mais poderosa) e possui sua importância dentro da obra, o que constitui uma verdadeira equipe. O telespectador mergulha em uma realidade que sobrevive sob o prisma da guerra, mas tem a oportunidade de viajar junto com os personagens pelo mundo de Avatar, do templo do ar do Sul até Ba Sing Se, vive uma aventura de emoções, sente-se próximo dos personagens, aprecia lições de amor, perdão, amizade e empatia. Recomendo a todos aqueles que apreciam uma boa história e são apaixonados por aventura e obras sensíveis. ♡