Rodrigo A. Miranda

7 anos esperando para uma decepção dessas. (...) O jogo é lindo, talvez o mais lindo já feito (visualmente falando). A narrativa começa impecável, apesar do impacto, ou melhor, do choque, devido a morte do Joel, "talvez necessário" parar servir de norte, ser a base da trama: a busca de (justiça?) vingança da Ellie. Depois disso o jogo é tipo "uma linda canção de amor". É romântico, é emocionante, é empolgante, envolvente... Você num momento está com os olhos brilhando e com um sorriso bobo no rosto vendo todo o amor da Ellie com a Dina, num piscar está frenético com toda a ação, lutando contra os inimigos. Tudo na dose certa! Seria perfeito, porém, tudo muda no momento em que você é FORÇADO a jogar com a Abby. (...) Todos os bons sentimentos, como alegria, amor, esperança, determinação que você carrega ao longo de 10 a 15 horas de gameplay, são jogados por água abaixo, numa tentativa forçada e desnecessária da Naughty Dog de fazer o jogador sentir empatia pela antagonista. Para mim, o maior erro do jogo. Como dito anteriormente, TUDO MUDA. Você joga por cerca de +/- 10 horas de um gameplay cansativo, enfadonho, que, por mais que você tente se envolver com a trama da antagonista, Abby, você só espera aquele momento acabar para você voltar a jogar com a Ellie e pôr um desfecho (nela) naquela história. Mas para piorar, a produtora do jogo lhe cansa em momentos atuais e passados totalmente e puramente chatos, que finda fazendo o jogador se desprender de todo o poema em que o jogo iniciara. No final, quando o jogo poderia dar a sua cartada final e terminar com chave de ouro, dá um tapa na sua cara com um final horrível, sem sentido algum. A Ellie vai matar a Abby, beleza. O que acontece: ela não a mata, volta sem os dedos, o que vai impedi-la, para sempre, de tocar violão, a Dina vai embora e ela finda sozinha. Parece piada mas Neil Druckmann fez isso. Para mim, decepcionante, mas fazer o que?! Agora é rezar para sair um terceiro jogo daqui mais uns 7 anos e eles reparem todos os erros que cometeram.