Eu assisti e pensei “serio mesmo que é esse o filme que todo mundo tá falando que é uma obra-prima, quase tão bom quanto o original?!?”. Porque é um filme apenas regular. É um filme simples. É, basicamente, a menina da tribo que é super inteligente e já nasceu magicamente preparada e quer se provar pros homens que é capaz de ser caçadora “porque sim, porque é ‘empoderada’ e porque todos me dizem que eu não posso ser” (esse discursinho deu vontade de vomitar. Sério). A personagem feminina padrão de hoje em dia. Bonitinha, chata e arrogante, e ‘superior’. Nada contra protagonismo feminino. Eu adoro personagens como a Ripley (de Alien) ou Sarah Connor (de Exterminador). Mas aqui é meio forçado. Perto dela, todos os homens da tribo são diminuídos, estereotipados e simplificados pra ela sobressair. Inclusive (pasmem!) o próprio Predador. Os meus medos que eu já tinha antes de assistir o filme foram (infelizmente) confirmados. Eu já vinha pensando em como eles fariam pra me convencer que uma garota de 1,63 mts de altura, usando flecha e machadinha, fosse ser capaz de combater um monstro que (no primeiro filme) dizimou todo um pelotão altamente treinado e armados até os dentes e que fez o Arnold Swarza de gato e sapato na porrada. Resposta: nerfaram o Predador pra indiazinha sobressair. Tudo muito forçado. Ela é praticamente o Batman imortal. Mas pelo menos as cenas de ação e perseguição (caçada) são boas. O filme acerta em trazer a franquia de volta ao básico. Esses são os pontos positivos do filme. E perto daquele filme do Predador de 2018, esse aqui é uma obra-prima (não que isso seja exatamente um bom parâmetro).