1 Temporada foi surpreendente pois o drama era muito bom, a discussão filosófica pertinente sobre a relação homem máquina com máquinas humanoides com um tipo de psudo-consciência. Entretanto, a série já começa a pecar, logo de cara, em 2 aspectos: (1) o homem é uma caricatura perversa, em que a diversão é sempre vista para o lado negro da força (ou é perversão sexual, ou o desejo de praticar violência sem remorso), deste modo não é explorado um possÃvel lado positivo desta relação... e, no meio da temporada, você já sabe 'onde que isto vai chegar', em um tipo de rebelião das máquinas. (2) faltou colocar uma base cientÃfica razoável, sobretudo na área de programação e de robótica, pois a série vai passando e é absurdo atrás de absurdo; afinal, se possuÃam tamanha tecnologia, poderiam deixar as máquinas com um funcionamento ainda mais similar ao dos humanos em termos de estrutura fÃsica e necessidades básicas (como limitar a força), ou mesmo mecanismos básicos de 'log' e 'auditoria' do código das máquinas... o que acaba gerando uma bobagem de de que um punhado de menos de 5 pessoas conseguia controlar e avaliar todos os dados das máquinas (e ai você vai vendo umas 'centralizações' forçadas em alguns personagens, que na vida real não faria menor sentido). Mas, ainda assim, a 1Temporada termina no auge. A 2a Temporada é ladeira abaixo, um episódio pior que o outro. A obra vai te lembrando cada vez mais daquele antigo seriado 'Lost' em que, após a 1Temporada, você claramente vê que o roteiro vira uma novela, começa a te enrolar (para gerar novas temporadas), criando tudo qualquer tipo de possibilidade - de modo que faz perder o sentido do espectador 'tentar entender' o drama ou tentar desvendar onde aquilo vai dar, pois agora o negócio é enrolar - todos os dramas e questionamentos são destruÃdos e começa a virar apenas uma temática Máquinas X Humanos movido a um certo sentimento de vingança, violência e cede de poder das máquinas. Há todo momento você vê infinitas possibilidades dos homens deterem as máquinas, corrigirem as coisas, ou simplesmente desligarem ela (afinal, até no Matrix havia o 'Impulso Eletromagnético'), mas não e não. Além disso, começa a tomar um certo caminho da 'lacrosfera', as mulheres (ou robos com fenótipo femininos) passam a ser as mandonas e poderosas repentinamente, e os personagens masculinos visto como os fracos, asquerosos e coadjuvantes. A 2Temporada termina da pior forma, pois era exatamente (a expectativa gerada na 1Temporada que você não queria, queria algo diferente e interessante). O negócio te faz lembrar de Matrix2 e 3, em que o roteiro simplesmente abandonou o drama e se transformou em mera 'ação', com os dramas cada vez mais forçados e sem liga - entediando quem assiste. E ai chega a 3Temporada, e ai não dá mais, só possÃveis 'fans' ou curiosos persistentes da série para aguentar até o fim (eu parei ai e não fiquei sequer curioso de ver o final). A 1Temporada exibe todos os ingredientes para se tornar a melhor série da década (ou algo tão grandioso quanto foi o impacto da série Band of Brothers da HBO), ou mais famosa do que Game of Thrones (substituindo-a no gosto popular)... mas a criatividade acabou no final da 1aTemporada [o que agravou pela 'necessidade' deles de inserirem elementos 'Progressistas' no roteiro] transformou a série em uma decepção dado seu potencial (tanto é que raramente hoje alguém conhece a série). É mais uma série do tipo 'Lost', que se perdeu após a 1aTemporada a fim de tentar enrolar e ganhar mais temporadas. E convenhamos, Ed Harris e Anthony Hopkins salvaram a 1aTemp.