Alexandre Esberard

O filme passa longe da história original. Não faz menção às armas de modulação da voz, que é a essência do treinamento Atriede dada aos Fremen, e consequência do Paul ter habilidades da Bene Gesserit. Coloca a Chani como uma coadjuvante, a ponto dela terminar o filme sozinha. Não mostra o nascimento da irmã do Paul, cuja gestação foi acelerada pela Água da Vida, e que lhe dá poderes precoces e poderosos entre as bruxas. Lembrando: é ela, criança, que mata o Barão Harkonnen e declara para os representantes da guilda comercial que Paul é o predestinado. Não dá devida dimensão à especiaria e sua importância. As batalhas parecem um filme do Jackie Chan. O Feyd é um fanfarrão e, assim como o Barão Harkonnen, teve sua aberração atenuada para não chocar. Resumindo: não dá a mínima para a Saga Duna, e mata qualquer possibilidade de sequência baseada na série de livros. O único mérito é o visual superior ao Duna de 1984, por razões óbvias, e por reapresentar a Saga a quem não fazia menor ideia da existência. O filme de 1984 deve parecer lento para quem elogia essa porcaria, mas é extremamente fiel à obra, complexo e profundo. Continua sendo um clássico e infinitamente superior, mesmo 40 anos depois. Filme beeem ruim.

Muuito, mas muuuuito ruim. Pelé jogando por bola por acidente, uma seleção que não sabia jogar futebol e descobriu "do nada", e uma ginga que era a capoeira reprimida. Fora os dribles, ângulos de câmera e muitas outras coisas que não existiam na época. Como meu filho de 14 anos disse, "parece que a história do Pelé não é boa o suficiente", e precisaram inventar uma para o filme. Lamentável.